Fundado em 11/10/2001
porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
BRASIL- Uma semana após a morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Pedro Gomes, a Policia Civil determinou o sigilo nas investigações do crime.
"Como se trata de um caso muito delicado, fizemos uma reunião e decidimos manter o sigilo e a não divulgação de informações", afirmou ao R7 o delegado Fábio Cardoso, um dos responsáveis pela apuração do caso.
Desde a terça-feira (20), as investigações entraram na fase de ouvir testemunhas para identificar possíveis ameaças indiretas que Marielle tenha sofrido antes do assassinato. "Qualquer vazamento de informações pode ser prejudicial ao nosso trabalho", explicou Cardoso.
Nesse momento, a policia se concentra em apurar as motivações para o crime. Estão sendo ouvidas pessoas que tinham algum convívio com Marielle, como a namorada dela e o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). A polícia ontem chegou a fazer diligência para reunir imagens de onde Marielle esteve antes da noite do crime.
Marielle Franco
A vereadora do PSOL e o motorista Anderson Gomes foram assassinados após uma emboscada na região central do Rio de Janeiro na última quarta-feira (14h).
Marielle era militante e defensora dos direitos humanos e lançava mão, frequentemente, de denúncias de abusos policiais na capital fluminense nas redes sociais.
No sábado anterior à morte, Marielle publicou no Facebook que "o 41º Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro está aterrorizando e violentando moradores de Acari [zona norte]". Na semana anterior, criticou a intervenção federal no Rio: "Política de Segurança Pública ineficaz, desumana, violenta e cara".