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Estado do Amazonas gastou R$ 4,5 milhões em tratamentos de saúde de autoridades


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Publicada em: 09/04/2018 08:43:44 - Atualizado

BRASIL- O estado do Amazonas fez as vezes de um plano de saúde particular que foi utilizado em benefício exclusivo de um seleto grupo de pessoas!". A denúncia é do procurador da República Thiago Corrêa. Conforme o Ministério Público, de 2012 a 2016, R$ 4,5 milhões foram aplicados pelo governo do atual senador Omar Azis para pagar tratamentos no hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

Dentre os beneficiados, o ex-prefeito de Santa Isabel do Rio Negro, Mariolino Siqueira; o colunista social Alex Deneriaz, falecido há três anos; o desembargador Domingos Chalub Pereira; o corregedor Lafayette Vieira. Enquanto isso, consta no documento apresentado ao Fantástico, o procedimento padrão para o cidadão amazonense é chegar a hospitais às 3h da madrugada para marcar consultas.

Ainda de acordo com a denúncia, o orçamento do governo para o hospital público Codajás foi, em fevereiro de 2013, R$ 250 mil. Só a conta do ex-prefeito no Sírio Libanês teria chegado a R$ 280 mil. Mariolino Siqueira cumpre prisão domiciliar por suspeita de corrupção.

O tratamento de Maria da Graça Vieira, mãe do corregedor-geral Lafayette Carneiro Vieira Júnior, custou R$ 130 mil, em julho de 2015 - segundo o MP. Sobrinho da desembargadora Graça Figueiredo, Fabiano Figueiredo foi beneficiado com R$ 345 mil - de fevereiro de 2013 a março de 2014. Os custos do colunista social Alex Deneriaz teriam chegado a R$ 785 mil. Em abril de 2015, o governo investiu R$ 650 mil no Instituto de Saúde da Criança do Amazonas.

O ex-secretário estadual da Saúde, Pedro Elias, defendeu que recebia ordens da Casa Civil para os pagamentos. O ex-secretário estadual de saúde, Wilson Alecrim, e o secretário executivo da pasta nas duas gestões, José Duarte, também foram citados na ação pública do MP, e preferiram não se manifestar.

O ex-prefeito Mariolino Siqueira contou ao Fantástico que não sabia que o pagamento era irregular. A família de Alex Deneriaz afirmou que não sabia como o colunista pagou o tratamento. Já o desembargador Lafayette Carneiro negou que as despesas de familiares dele no Sírio Libanês tenham sido pagas pelo estado. Em nota, o Sírio Libanês atestou ter enviado todas as informações solicitadas ao Ministério Público. A Secretaria de Saúde do Estado do Amazonas também informou estar colaborando com as investigações.


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