Fundado em 11/10/2001
porto velho, quarta-feira 11 de dezembro de 2024
PORTO VELHO, RO: Apresentado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá, o programa a Voz do Povo recebeu nesta segunda-feira (11) os sindicalistas que representam os servidores da saúde do estado de Rondônia, Célia Campos e Charles Alves, para tecer falarem sobre a atual situação da categoria dentro do setor público.
De acordo com Charles Alves, que representa o sindicato dos técnicos de enfermagem, os anseios da categoria são os mesmos de todos os servidores, melhoria salarial e das condições de trabalho.
"Temos várias demandas, o nosso anseio é o anseio de todo o profissional da saúde de forma geral, sendo a valorização salarial, melhoria das condições de trabalho e nossos direitos que estão sendo tirados, como o auxílio-transporte, por exemplo", disse Charles Alves.
Para a presidente do sindicato que representa os servidores da saúde no Governo de Rondônia, Célia Campos, existe uma insatisfação muito grande com a atual forma com que o funcionalismo da saúde vem sendo tratado, motivo pelo qual uma caminhada será promovida nesta quinta-feira (12), para mostrar essa questão à sociedade.
"A questão da carga horário que estamos há três anos tentando mudar e desde maio está pronta para ser encaminhada à ALE/RO. Enquanto isso, o servidor padece recebendo R$ 240 de auxílio-transporte e paga R$ 180. Nós temos uma coalizão de sindicatos e conselhos médicos, que realizarão uma caminhada para mostrar que não estamos satisfeitos com essas situações", falou Célia Campos.
Charles Alves ainda destacou a importância eleitoral dos gestores públicos no que diz respeito ao trato com o sistema público de saúde.
"O servidor da saúde está diuturnamente ao lado da população, se o político pensar, o povo que precisa de saúde é quem vota, e não está tendo respeito pelo Governo de Rondônia com essas pessoas", comentou Charles Alves.
Célia Campos alertou sobre a insuficiência dos recentes reajustes salariais no que diz respeito aos 20 anos de defasagem. Para ela, houve um aumento, porém nada que suprisse a necessidade dos servidores de forma efetiva.
"Esse aumento que teve, a maioria das categorias não chegaram ao patamar que merecem, isso por conta de uma defasagem de vinte anos. Hoje, um auxiliar de enfermagem tem o salário base muito baixo, nós conseguimos uma boa valorização para as categorias de nível superior, mas as outras não tiveram essa valorização" disse Célia Campos.
Charles Alves ainda afirmou que os servidores estão adoecendo dentro das unidades hospitalares do estado de Rondônia.
"O trabalhador está adoecendo dentro dos hospitais, o índice de atestado médico hoje é de 55%, então a equipe trabalha sobrecarregada, e o Governo não tem sensibilidade para notar", alertou Charles Alves.
Célia Campos alegou que a dissolução da obra do futuro HEURO foi um baque para os servidores, que estão sofrendo nas dependências de hospitais precários, como o João Paulo II e o Hospital de Base.
"Infelizmente, o HEURO de Porto Velho se dissolveu, então os servidores do João Paulo II seguirão amargando um caos. Houve uma pequena reforma, mas ainda não está bom para atender à sociedade. Para se ter uma ideia, a ALE/RO quer intervir na saúde porque não tem dipirona e esparadrapo", finalizou Célia Campos.
ASSISTA NA ÍNTEGRA A ENTREVISTA AQUI: