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porto velho, terça-feira 1 de abril de 2025
CRÔNICA DE FIM DE SEMANA - O Brasil, para onde vamos? Um Chamado à união e reconstrução nacional
Os dias atuais não tem sido fáceis, o clamor e a desesperança se apossaram da alma brasileira. A perversidade dos julgamentos se instalou no país e pariu ódio, desforra, discórdia, sem desfecho favorável a curto prazo. Deus meu! Nunca fomos assim, tão vilipendiados no nosso próprio direito sem ter a quem recorrer.
Palavras como prisão, detenção e julgamento tornaram-se o prato de resistência dos noticiários e ainda somos obrigados a ingerir esse remédio amargo no cotidiano dos nossos próprios lares.
Enquanto o caldeirão ferve, sem farol, sem gerente para administrar as sobras das desavenças e o tecido social sendo rasgado por mãos poderosas, nossa união se derrete sob o peso das divergências ideológicas. O fanatismo, vestido de justiceiro, substituiu a lógica e partidariza, erguendo muros de discórdia entre nós, sob o brutal silêncio dos cultores do direito.
Enquanto isso, as crises na saúde, educação e segurança pública, se empilham como pilares de uma construção abandonada, exacerbadas pela violência que tece rasgões no tecido social.
Na ciranda, alguns enriquecem e muitos, os que acreditaram na picanha passada na farinha, despencam no abismo do desespero urbano e ainda têm que aguentar o noticiário horroroso de militantes travestidos de jornalistas.
A promessa de uma vida melhor – ‘flopou’ – e se transformou em pão que o diabo amassou. Os que acreditaram no sonho da picanha, enfiaram a ‘viola no saco', e agora mastigam ovos com o preço de joias, enquanto o mandatário, sua digníssima e uma comitiva de 117 apaniguados, desfrutam, fagueiros, de banquetes no Japão com diárias de R$ 40 mil, em hotel, deixando o contribuinte à margem, embora seja ele o financiador dessas ousadias discrepantes.
Ora, este cenário insólito, duro e frio, demanda uma nova postura pós-eleitoral, onde é crucial reunir forças para reconstruir um país dilacerado pelo descaso de um governo perdulário, desesperador...
Portanto, passou da hora de abandonarmos o teatro do divisionismo, onde se encenam disputas entre nordestinos e sulistas, bolsonaristas e petistas. É hora de agirmos como uma orquestra bem-afinada, unida pelo mesmo idioma e aspirações, tocando a sinfonia da reconstrução nacional, com dedicação e harmonia, em busca da paz tão necessária.
Nossa nação, rica em sentimentos e tradições, deve rejeitar a condição que lhe está sendo imposta de ser um mero reflexo de outros países ditatoriais e reafirmar sua identidade brasileira, valorizando suas raízes profundas e únicas e esquecer o voto que jogou no lixo.
De mãos dadas, vamos aspirar a uma sociedade onde não existam cidadãos de segunda classe sobrevivendo à margem, dependentes de migalhas do Estado, como o Bolsa Família, mas sim uma comunidade onde todos tenham a oportunidade de prosperar. Esta é a chance de transformar assistencialismo temporário em empregos duradouros e dignidade permanente, cortando na carne o turismo internacional e desperdício do minguado recurso do contribuinte.
Neste país de promessas quebradas e esperanças adiadas, devemos enfrentar desafios como doenças tropicais e a fome insidiosa, além de exigir responsabilidade dos governantes que desviaram o curso de nosso progresso e deixaram mais apodrecida a alma daqueles que vivem do suor do seu próprio rosto.
Chegou o momento de acordar o gigante adormecido com um grito de revolta contra a apatia que nos tem consumido. Não podemos mais tolerar ser tratados como marionetes nas mãos de quem manipula o poder para fins obscuros. O Brasil clama por filhos e filhas corajosos que rejeitem a subserviência, que lutem com bravura contra as correntes da corrupção e da desigualdade.
É tempo de semear novamente, com esperança e determinação, na terra fértil de nosso grande Brasil. nesta jornada essencial de renovação e união. Tempo de reconstruir, de reerguer, de retomar rédeas e o controle de nosso próprio destino.
Que a luz da justiça, enfim, ilumine nosso caminho e que, juntos, possamos forjar um novo amanhecer repleto de honra e prosperidade, para o gáudio de todos nós.
Que assim Deus nos permita!
Amém.
O autor é jornalista, advogado e apresentador do programa A VOZ DO POVO, da Rádio Caiari, 103,1.