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porto velho, quinta-feira 19 de junho de 2025
PORTO VELHO - RO - Mais um feriado prolongado nesta quinta e sexta, 19 e 20 de maio e novamente os comerciantes de Porto Velho amargam prejuízos. A reclamação é geral: falta movimento, falta dinheiro na praça e, para muitos, até o Dia dos Namorados — que tradicionalmente aquece as vendas — foi fraco em comparação ao ano passado.
Na principal artéria comercial da capital, a Avenida Sete de Setembro, o cenário é desolador. Fachadas deterioradas, lojas com as portas fechadas e um visível esvaziamento de consumidores. O que já foi polo vibrante do comércio local, hoje luta contra a estagnação. Enquanto isso, outros pontos da cidade, como a Avenida Jatuarana, na zona sul, e a Amador dos Reis, na zona leste, ganham protagonismo e atraem a clientela.
“A Sete virou ponto de passagem, não mais de compra”, desabafa um comerciante que, como muitos, tem apostado na criatividade para manter o negócio vivo. Promoções agressivas, redes sociais e até delivery têm sido alternativas para driblar a crise — e a concorrência acirrada com grandes centros de consumo, como o Porto Velho Shopping, que atrai cada vez mais consumidores pela segurança, conforto e variedade.
Apesar do esforço, a disputa por clientes tem sido árdua. Alguns lojistas decidiram abrir as portas mesmo durante o feriado de Corpus Christi, na tentativa de salvar parte do faturamento, mas a movimentação ficou aquém das expectativas.
A chiadeira dos comerciantes revela uma ferida antiga: a ausência de políticas públicas eficazes de incentivo ao comércio local, a falta de infraestrutura adequada no centro da cidade e a migração natural do consumo para regiões com mais atrativos. Enquanto isso, a Sete de Setembro vai perdendo seu brilho — e seus negócios.