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    porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024

Cerca 132 adolescentes deram à luz neste primeiro trimestre deste ano em Porto Velho

O perfil divulgado das adolescentes, revela que a maioria está em situação de vulnerabilidade, vindo de famílias numerosas


RONDONOTÍCIAS

Publicada em: 03/05/2022 10:44:23 - Atualizado

IMAGEM ILUSTRATIVA 

PORTO VELHO,RO- De janeiro até março deste ano, cerca de 132 mulheres com idade de até 19 anos foram mães em Porto Velho, segundo informou a Maternidade Municipal Mãe Esperança, o número corresponde a 18,9% dos total de 698 partos realizados neste mesmo período.

No grupo das grávidas de 10 a 14 anos foram realizados 6 partos, sendo 01 vaginal e 5 cesarianas. Já na faixa etária de 14 a 19 anos foram realizados 126 partos, sendo 91 vaginais e 35 cesarianas. No ano passado foram realizados 2.983 partos sendo 541 entre pré-adolescentes.

O perfil divulgado das adolescentes, revela que a maioria está em situação de vulnerabilidade, vindo de famílias numerosas com avós jovens que repetem a mesma história, depende de programas sociais, não têm acesso a métodos contraceptivos e não estão estudando. Além disso, todas iniciam a vida sexual muito cedo.

Outro dano apontado é o planejamento reprodutivo, sendo como a melhor saída para reduzir os casos de gravidez na adolescência, com acesso a métodos contraceptivos. Se a escolha for o DIU – Dispositivo Intra- Uterino a jovem será encaminhada ao Centro de Referência Saúde da Mulher – CRSM ou pode procurar diretamente no próprio CRSM para realização do Planejamento Reprodutivo e escolha de método mais adequado

A educação sexual nas escolas, segundo mencionou a maternidade tem papel importante na redução da taxa de gravidez na adolescência. A gestação nessa idade está relacionada ao abandono escolar, que, por sua vez, leva a um aumento da mortalidade infantil.

Impactos

Estatísticas nacionais e internacionais evidenciam impactos negativos significativos da gravidez precoce sobre o desenvolvimento educacional na adolescência, dificultando a inserção das jovens mães no mercado de trabalho, resultando na manutenção do círculo vicioso da pobreza e no aumento das desigualdades no mercado de trabalho. No mundo, a gravidez em adolescentes menores de 15 anos é considerada gravidez de risco, principalmente em relação à mortalidade materna.

O que diz a OMS

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), filhos de mães adolescentes têm maior probabilidade de apresentar baixo peso ao nascer e maior probabilidade de morte do que os filhos de mães com 20 anos ou mais. Durante o primeiro ano de vida, filhos nascidos de mães adolescentes apresentam uma taxa de mortalidade infantil duas a três vezes maior que a de mães adultas e um aumento de seis vezes na incidência de síndrome de morte súbita.

Além disso, as adolescentes que engravidam têm maior probabilidade de desenvolver síndromes hipertensivas, partos prematuros, anemia, pré-eclâmpsia, desproporção feto-pélvica, restrição do crescimento fetal, além de problemas consequentes de abortos provocados.


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