O presidente Donald Trump disse que tarifas de 25% sobre o México e o Canadá seguirão conforme planejado nesta terça-feira (4), afirmando que os dois principais parceiros comerciais dos EUA não tinham “nenhum espaço” para negociar e evitar as taxas.

Trump disse que estava usando tarifas para “punir” países que — como ele disse — estavam tirando da economia dos EUA sem dar o suficiente em troca.

Os índices de ações dos EUA ampliaram suas perdas após os comentários de Trump. O Dow Jones Industrial Average caia 1,58% no dia, o S&P 500 caia 1,78% e o Nasdaq Composite recuava 2,47%.

O secretário de Comércio Howard Lutnick disse que empresas globais podem evitar tarifas se investirem na produção nos Estados Unidos, como a TSMC.

A fabricante de chips taiwanesa anunciou um investimento de US$ 100 bilhões nos EUA.

Trump prometeu impor tarifas de 25% sobre todas as importações do Canadá e do México, com 10% para energia canadense.

Na terça-feira, Trump também deve aumentar as tarifas sobre as importações chinesas de 10% para 20%, a menos que Pequim acabe com o tráfico de fentanil para os EUA.

Lutnick não mencionou nenhuma possível mudança nessas tarifas, que afetariam cerca de US$439 bilhões em importações anuais.

CEOs e economistas dizem que a ação, cobrindo mais de US$ 900 bilhões em importações anuais dos EUA de seus vizinhos do sul e do norte, representaria um sério revés para a economia norte-americana altamente integrada.

As tarifas estão programadas para entrar em vigor às 12h01 (2h01 no horário de Brasília) na terça-feira.

O secretário de Comércio sinalizou no domingo (2) que Trump poderia não impor o valor total das tarifas, dizendo que o presidente determinaria seus níveis exatos.

Em fala com jornalistas na Casa Branca, o presidente ainda afirmou que está considerando um tratado de livre comércio com a Argentina.

O republicano ainda elogiou o presidente argentino, Javier Milei, afirmando que ele é um “grande líder” e que “está fazendo um grande trabalho”.