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porto velho, sábado 26 de abril de 2025
BRASIL: A prévia da inflação, medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15), desacelerou na passagem de março para abril e marcou 0,43%, 0,21 ponto percentual abaixo da taxa registrada em março (0,64%), informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (25). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,43% e, em 12 meses, 5,49%, acima dos 5,26% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Esse índice se diferencia da inflação oficial, calculada pelo IPCA, pelo período de coleta das informações. Em abril de 2024, o IPCA-15 foi de 0,21%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apenas transportes (-0,44%) apresentou variação negativa em abril.
Nos demais grupos, destacam-se alimentação e bebidas, com a maior variação (1,14%) e impacto, seguido de saúde e cuidados pessoais (0,96%). Juntos, os dois grupos respondem por 88% do índice do mês. As demais variações ficaram entre o 0,06% de educação e o 0,76% de vestuário.
No grupo alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio acelerou de 1,25% em março para 1,29% em abril. Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (32,67%), do café moído (6,73%) e do leite longa vida (2,44%).
A alimentação fora do domicílio (0,77%) acelerou em relação ao mês de março (0,66%), em virtude da alta do lanche (1,23%) e da refeição (0,5%), que haviam registrado, em março, altas de 0,68% e 0,62%, respectivamente.
Em saúde e cuidados pessoais (0,96%), o resultado foi influenciado pelos itens de higiene pessoal (1,51%), pelos produtos farmacêuticos (1,04%), após a autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março, e o plano de saúde (0,57%).
No grupo transportes (-0,44%), contribuíram para a queda a passagem aérea (-14,38%) e os combustíveis (-0,38%), com variação negativa nos preços do etanol (0,95%), do gás veicular (0,71%), do óleo diesel (0,64%) e da gasolina (0,29%).
Ainda em transportes, no ônibus intermunicipal (0,39%) houve reajuste no Rio de Janeiro (5,62%), a partir de 29 de março. O resultado do metrô (-0,95%) considera, além do reajuste de 5,33% na tarifa no Rio de Janeiro (0,53%), a partir de 12 de abril, a tarifa zero aos domingos e feriados decretada em Brasília (-14,36%), vigente desde 1º de março.
No grupo habitação, que desacelerou de 0,37% em março para 0,09% em abril, o resultado da energia elétrica residencial foi de -0,09%, ante o 0,43% de março, e a taxa de água e esgoto (0,12%) considera o reajuste de 4,17% em Goiânia (2,09%) vigente desde 1º de abril.
Regionalmente, a maior variação foi registrada em Porto Alegre (0,88%), por conta das altas do tomate (61,16%) e da gasolina (2,25%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (-0,13%), que apresentou queda nos preços do etanol (7,6%) e da gasolina (3,7%).
Moradores de São Paulo e Curitiba também sentiram impacto dos preços em abril, já que tiveram reajustes acima da média brasileira.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 18 de março a 14 de abril de 2025 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de fevereiro a 17 de março de 2025 (base).