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    porto velho, domingo 24 de novembro de 2024

Bovespa despenca mais de 2% com ameaça de calote de gigante Chinesa

Na sexta-feira, Ibovespa fechou em queda de 2,07%, a 111.439 pontos. No ano, perda é de mais de 6%.


g1

Publicada em: 20/09/2021 16:11:11 - Atualizado

O principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em forte queda nesta segunda-feira (20), se aproximando de mínimas no ano, em dia de fortes perdas no mercado externo com a expectativa de calote no mercado imobiliário chinês, e à espera das decisões sobre juros aqui e nos EUA, na quarta-feira.

Às 17h, o Ibovespa recuava 2,33%, a 108.842 pontos. Na mínima do dia até o momento, chegou a 107.520.

Na sexta-feira, a bolsa fechou em queda de 2,07%, a 111.439 pontos, acumulando baixa de 2,49% na semana. Na parcial do mês, o Ibovespa tem perda de 6,18%. No ano, o recuo é de 6,37%.

Na melhor marca do ano, no dia 7 de junho, o Ibovespa chegou a atingir 130.776 pontos. Já o pior nível foi registrado em 26 de fevereiro, quando a bolsa fechou aos 110.035 mil pontos. A pior marca intradia do ano foi registrada no dia 2 de março (107.319 pontos).

Segundo profissionais do mercado, o risco da incorporadora chinesa Evergrande não pagar juros de dívida que vencem nesta semana e na próxima deve agravar a desaceleração da economia.

Isso piorava as previsões para a economia mundial, cuja recuperação dos efeitos da pandemia já sofria revezes na Europa e nos Estados Unidos com a disseminação da variante Delta, derrubando commodities como minério de ferro e petróleo.

"Além disso, as atenções estão voltadas para a reunião do Fomc na quarta-feira, que poderá trazer detalhes sobre a redução do programa de ativos", afirmou em nota a clientes a equipe de pesquisa econômica do Bradesco em alusão a encontro do comitê de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira.

Simultaneamente, o Banco Central brasileiro anuncia também na quarta-feira a nova taxa de juro, com o consenso do mercado de que a Selic seja elevada em 1 ponto percentual, a 6,25% ao ano, o que pode reduzir ainda mais a previsão de alta do PIB brasileiro em 2022, enquanto ainda enfrenta inflação alta.

"Esse ambiente pode pesar em setores que dependem tanto de linhas de crédito acessíveis como de mais estímulos econômicos", afirmou à Reuters Pietra Guerra, especialista em ações da Clear Corretora.

Nesta semana, tanto o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) como o banco central brasileiro decidem suas novas taxas de juros.

Segundo o Boletim Focus, divulgado mais cedo, os agentes do mercado já esperam inflação de 8,35% este ano. Já a projeção para a Selic no fim de 2021 foi elevada para 8,25%. A previsão para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) em 2022, por sua vez, foi reduzida para 1,63%.

Na agenda doméstica, entram em vigor nesta segunda-feira as novas alíquotas do IOF – Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários para custear o Auxílio Brasil, programa proposto pelo governo para substituir o Bolsa Família.



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