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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
BRASIL: O Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), começa nesta terça-feira (21) a reunião que vai definir o novo patamar da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. Com escalada da inflação, algumas projeções já sinalizam para a maior alta desde 2002.
Somente em agosto, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,87% e registrou a maior alta para o mês dos últimos 21 anos. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação dos preços encostou nos 10%, patamar já superado em oito capitais brasileiras.
Se as expectativas do mercado financeiro foram confirmadas, o veredito vai elevar a Selic pela quinta vez seguida e a taxa básica pode alcançar os 6,25% ao ano.
A decisão a respeito dos novos juros será anunciada nesta quarta-feira (22), após as 18h30, e ficará vigente por ao menos até 34 dias, quando os diretores do BC voltam a se encontrar, em 26 e 27 de outubro, para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.
No último encontro, quando aumentou a Selic para 5,25% ao ano, o Copom ponderou a evolução da variante delta da covid-19 e o risco relevante de aumento da inflação nas economias centrais como principais motivos para a elevação de um ponto percentual da taxa básica de juros.
Reduzir inflação
A taxa de juros Selic é a referência para os demais juros da economia. Trata-se da taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional.
A alternativa pela elevação da taxa de juros é o instrumento de política monetária mais utilizado para reduzir a inflação. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam outras alternativas de investimento.
Segundo o BC, o Copom toma suas decisões a cada reunião, conforme as expectativas de inflação, o balanço de riscos e a atividade econômica. "O BC define a taxa Selic visando o cumprimento da meta para a inflação", afirma a instituição.