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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL - O BC (Banco Central) passou a admitir uma possibilidade maior de que a inflação de 2022 supere o teto da meta pré-estabelecida pelo governo. Conforme as projeções apresentadas nesta quinta-feira (16) pelo RTI (Relatório Trimestral de Inflação), a chance de o índice oficial de preços superar 5% no próximo ano é de 41%, ante 17% previsto anteriormente.
A meta, de 3,5% firmada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para o ano que vem, admite uma tolerância de 1,5 ponto percentual para mais (5%) ou para menos (2%) ao longo do período compreendido entre janeiro e dezembro.
Neste ano, o teto da meta de 5,25% foi furado pela primeira vez e março e nunca mais recuperado. Atualmente, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado para os últimos 12 meses figura em 10,74%, valor que representa mais do que o dobro do teto.
"A pressão sobre os preços de bens industriais ainda não arrefeceu, enquanto a inflação de serviços já se mostra mais elevada, refletindo a gradual normalização da atividade no setor. Há preocupação com a magnitude e a persistência dos choques, com seus possíveis efeitos secundários e com a elevação das expectativas de inflação, inclusive para além do ano-calendário de 2022", aponta o relatório.
"Na comparação com o Relatório de Inflação anterior, as projeções de inflação subiram para 2021 e 2022, ficaram estáveis para 2023 e caíram para 2024", analisa o BC, que cita o aumento no preço dos combustíveis como a principal "surpresa" dos índices de preços nos últimos meses.