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Ibovespa fecha em queda de 1,15% com maior aversão a riscos; dólar cai a R$ 4,78

Principal índice da B3 encerrou o dia aos 111.102,32 pontos, enquanto a moeda norte-americana desvalorizou 0,18%


cnn

Publicada em: 03/06/2022 17:24:12 - Atualizado

O Ibovespa fechou em queda de 1,15%, aos 111.102,32 pontos, nesta sexta-feira (3). O índice seguiu as fortes quedas nas bolsas norte-americanas e foi prejudicado pela visão mais pessimista dos investidores, com temores de uma possível recessão nos Estados Unidos, aumentando a aversão a riscos e retirando investimentos de mercados considerados mais arriscados e emergentes, como o Brasil.

O Fed já sinalizou que pretende realizar altas de 0,5 ponto percentual nos juros nas reuniões de junho e julho, com o presidente da autarquia descartando elevações maiores. Porém, diretores têm dado sinais contrários a uma pausa no ciclo em setembro.

Já o dólar encerrou com uma desvalorização de 0,18%, cotado a R$ 4,777. A moeda operou com estabilidade ao longo da sessão, enquanto investidores repercutiram a divulgação do relatório Payroll de geração de vagas de empregos não-agrícolas nos Estados Unidos.

No entanto, na semana, o dólar subiu 0,83%, 1º alta semanal desde o acumulado de 2 a 6 de maio (2,63%). À época, especuladores que operavam na Bolsa de Chicago realizaram nos sete dias findos em 3 de maio a maior venda líquida de contratos de real desde meados de março, demonstrando menor otimismo com a moeda brasileira.

Na quinta-feira (3), o dólar caiu 0,42%, a R$ 4,786. Já o Ibovespa fechou em alta de 0,93%, aos 112.392,91 pontos.

Emprego nos EUA

A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos superou as expectativas em maio, enquanto a taxa de desemprego permaneceu em 3,6%, sinais de um mercado de trabalho apertado que pode manter o pé do Federal Reserve no freio para esfriar a demanda.

A economia norte-americana abriu 390 mil postos de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira (3) por meio do relatório Payroll.

Os dados de abril foram revisados para uma abertura de 436 mil empregos, em vez de 428 mil informados antes.

Economistas consultados pela Reuters projetavam criação de 325.000 postos de trabalho no mês passado. As estimativas variavam de 250 mil a 477 mil.

Sentimento global

Semelhante ao mês de maio, junho começou com uma forte aversão global a riscos desencadeada por temores sobre uma possível recessão global.

Uma série de altas de juros pelo mundo, que tendem a desacelerar a economia global. A principal ocorreu nos Estados Unidos, anunciada pelo Federal Reserve em 4 de maio. Apesar de descartar altas de 0,75 p.p. ou um risco de recessão, a autarquia sinalizou ao menos mais duas altas de 0,5 p.p.

Os juros maiores nos Estados Unidos atraem investimentos para a renda fixa do país devido a sua alta segurança, mas prejudica as bolsas ao redor do mundo, inclusive as norte-americanas.

Por outro lado, com Xangai retomando as atividades nesta quarta-feira após dois meses de isolamento, a expectativa é que a demanda chinesa retorne aos níveis anteriores, o que voltou a favorecer exportadores de commodities e aliviou uma parte das pressões sobre o real.


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