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Copom eleva juros básicos para 13,25% ao ano, maior taxa desde 2016

Aumento de 0,5 ponto percentual era esperado pelo mercado e tem o objetivo de frear a economia para combater a inflação


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Publicada em: 15/06/2022 17:58:21 - Atualizado

Responsável por combater a inflação na economia brasileira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (15/6) o décimo primeiro aumento consecutivo na taxa básica de juros, a Selic. Com um aumento de 0,5 ponto percentual, o Copom elevou os juros para 13,25% ao ano, a maior taxa desde 2016.

O aumento nos juros, que já era esperado pelo mercado financeiro, é uma resposta a uma inflação insistente, que até desacelerou em maio, mas alcançou 11,73% nos últimos 12 meses pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), bem acima do teto da meta instituída pelo próprio Banco Central, que é de 5% para este ano (a meta é de 3,5%).

O objetivo do Copom ao aumentar os juros é deixar o dinheiro mais caro e, dessa forma, frear a economia como um todo para tentar controlar a inflação, que erode o poder de compra dos brasileiros.

Itens como combustíveis e alimentos têm jogado os preços para cima e exigido grandes esforços do poder público, que busca opções tributárias e legislativas para tentar baixar os preços, mas é pressionado pela crescente pressão internacional dos preços.

Na madrugada desta quarta, a Câmara dos Deputados concluiu a votação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que fixa em 17% o teto do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, transporte coletivo e telecomunicações. A proposta, agora, seguiu para sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Aumento de juros também nos EUA

Maior economia do planeta, os Estados Unidos também aumentaram seus juros básicos nesta quarta, em 0,75 ponto percentual, surpreendendo o mercado mundial. O aumento veio acima do esperado e foi uma resposta do Banco Central do país, o Federal Reserve, à maior inflação das últimas quatro décadas.

Por lá, a taxa básica de juros dos EUA vai oscilar entre 1,5% e 1,75% ao ano. Os analistas, porém, esperam por novos aumentos. “O recado do FED foi duro e o mercado espera que os juros nos EUA subam ainda, provavelmente mais 0,75 pontos na próxima reunião, e cheguem ao fim do ano por volta de 4%”, afirma o economista Andrey Nousi, CFA e fundador da Nousi Finance.


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