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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
Responsável por combater a inflação na economia brasileira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (15/6) o décimo primeiro aumento consecutivo na taxa básica de juros, a Selic. Com um aumento de 0,5 ponto percentual, o Copom elevou os juros para 13,25% ao ano, a maior taxa desde 2016.
O aumento nos juros, que já era esperado pelo mercado financeiro, é uma resposta a uma inflação insistente, que até desacelerou em maio, mas alcançou 11,73% nos últimos 12 meses pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), bem acima do teto da meta instituída pelo próprio Banco Central, que é de 5% para este ano (a meta é de 3,5%).
O objetivo do Copom ao aumentar os juros é deixar o dinheiro mais caro e, dessa forma, frear a economia como um todo para tentar controlar a inflação, que erode o poder de compra dos brasileiros.
Itens como combustíveis e alimentos têm jogado os preços para cima e exigido grandes esforços do poder público, que busca opções tributárias e legislativas para tentar baixar os preços, mas é pressionado pela crescente pressão internacional dos preços.
Na madrugada desta quarta, a Câmara dos Deputados concluiu a votação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que fixa em 17% o teto do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, transporte coletivo e telecomunicações. A proposta, agora, seguiu para sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Maior economia do planeta, os Estados Unidos também aumentaram seus juros básicos nesta quarta, em 0,75 ponto percentual, surpreendendo o mercado mundial. O aumento veio acima do esperado e foi uma resposta do Banco Central do país, o Federal Reserve, à maior inflação das últimas quatro décadas.
Por lá, a taxa básica de juros dos EUA vai oscilar entre 1,5% e 1,75% ao ano. Os analistas, porém, esperam por novos aumentos. “O recado do FED foi duro e o mercado espera que os juros nos EUA subam ainda, provavelmente mais 0,75 pontos na próxima reunião, e cheguem ao fim do ano por volta de 4%”, afirma o economista Andrey Nousi, CFA e fundador da Nousi Finance.