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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
MUNDO - O Ibovespa , principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, volta a operar em forte queda nesta sexta-feira (17), após uma breve trégua na sequência negativa. O mercado se ajusta, por aqui, ao clima negativo registrado nos mercados externos na véspera, quando o dia de Corpus Christi deixou a bolsa brasileira fechada.
Às 14h51, o Ibovespa recuava 4,02%, a 98.677 pontos.
Perto do mesmo horário, as ações da Petrobras recuavam mais de 10%, após a estatal anunciar nova alta nos preços dos combustíveis.
Já o dólar tem mais um dia de alta acentuada.
Na quarta-feira, a bolsa fechou em alta de 0,73%, a 102.807 pontos, interrompendo uma sequência de oito quedas seguidas. Com o resultado, o recuo da semana é de 2,54% e de 7,67% no mês. No ano, o índice tem queda de 1,92%.
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O que está mexendo com os mercados?
Os mercados reagem negativamente à disputa em relação à Petrobras, enquanto o governo tenta forçar a queda do presidente José Mauro Ferreira Coelho para mudar o rumo dos preços dos combustíveis.
A alta, por sinal, vai na contramão dos preços do petróleo nesta sexta: lá fora, caíam cerca de 5%, para uma mínima de três semanas, pressionados por uma queda nos contratos futuros de gasolina dos EUA, já que os aumentos das taxas de juros dos principais bancos centrais alimentaram as preocupações com uma forte desaceleração econômica.
Os investidores ainda repercutem as altas, na última quarta-feira, das taxas de juros do Brasil e dos Estados Unidos.
Por lá, o Federal Reserve decidiu subir os juros em 0,75 ponto percentual – a maior elevação desde 1994 – para a faixa entre 1,5% e 1,75%. O reajuste acima do que havia sido sinalizado pelo Fed na reunião anterior mostra que será intensificada apolítica monetária para combate à inflação americana.
Por aqui, o Banco Central elevou a Selic em 0,50 ponto percentual, para 13,25%, após a inflação ter desacelerado em maio e o BC ter sinalizado na ata da reunião de maio um ajuste adicional de menor magnitude em relação ao ritmo de elevação de 1 ponto percentual adotado até então.