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Brasil abre quase 200 mil novas empresas no ano de 2020, diz pesquisa do IBGE

Os 5,4 milhões de firmas em atividade empregavam 52,7 milhões ao fim do primeiro ano da pandemia do novo coronavírus


R7

Publicada em: 23/06/2022 13:20:44 - Atualizado


BRASIL - O primeiro ano da pandemia do novo coronavírus foi marcado pela abertura de 194,8 mil empresas no Brasil. O movimento elevou em 3,7%, para 5,4 milhões, a quantidade total de companhias e outras organizações ativas no país em 2020.

Os dados, divulgados nesta quinta-feira (23) pelo Cempre (Cadastro Central de Empresas), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), correspondem ao segundo ano consecutivo de aumento do número de empresas.

Em 2019, o número de empresas instaladas no Brasil cresceu 6,1% (301.388 novas firmas) e interrompeu a sequência de três anos consecutivos de queda. Na comparação com 2007, ano que marca o início da série histórica da pesquisa, a quantidade de companhias em atividade no Brasil é 22,9% maior, saltando de 4,4 milhões para 5,4 milhões.

Em 2020, 88,9% das empresas situadas no Brasil tinham até nove funcionários. Outras 9,5% empregavam entre dez e 49 pessoas, 1,2% de 50 a 249 profissionais e somente 0,4% tinham 250 ou mais trabalhadores.

No período de análise, 87,9% das empresas situadas no Brasil tinham até nove funcionários. Outras 10,4% empregavam entre dez e 49 pessoas, 1,3% de 50 a 249 profissionais e somente 0,4% tinha 250 ou mais trabalhadores.

Apesar do predomínio das empresas de menor porte, aquelas com 250 pessoas ou mais funcionários obtiveram as maiores participações nas variáveis econômicas analisadas em 2020. O volume de pessoal ocupado total cresceu 47,3%, o de pessoal assalariado aumentou 54,8%, e os salários e outras remunerações avançaram 70,2%.

Emprego e renda

A pesquisa também revela que o número de pessoas ocupadas caiu 1%, de 53.220.285 para 52.696.808. Do total, 45,4 milhões atuavam como funcionários assalariados das empresas e os demais 7,3 milhões na condição de sócio ou proprietário.

Com a perda de 523,5 mil profissionais ocupados e de 825,3 mil no número de assalariados, os sócios e proprietários aumentaram 4,3% (301,8 mil pessoas) entre 2019 e 2020, segundo o Cempre.

Já os salários e outras remunerações pagas somaram R$ 1,8 trilhão em 2020, a mesma cifra registrada no ano anterior, o que corresponde a uma renda média mensal de R$ 3.043,81, valor equivalente a 2,9 salários mínimos, na época fixado em R$ 1.039, e 3% mais baixo do que o apurado em 2019.

No ano, os maiores valores foram pagos pela seção eletricidade e gás (R$ 7.146,57), seguida por atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (R$ 6.743,39) e organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais (R$ 6.128,97), os quais se situam 134,8%, 121,5% e 101,4%, respectivamente, acima da média nacional.

Apesar de as três atividades pagarem salários médios mensais mais elevados, elas ocupavam, juntas, apenas 1,2 milhão de pessoas, o equivalente a 2,6% do total de trabalhadores assalariados no Brasil.

Por outro lado, os menores salários médios mensais foram pagos por alojamento e alimentação (R$ 1.312,12), atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.802,80) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (R$ 1.986,58), com valores 56,9%, 40,8% e 34,7% abaixo da média, respectivamente.


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