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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
BRASIL - O primeiro ano da pandemia do novo coronavírus foi marcado pela abertura de 194,8 mil empresas no Brasil. O movimento elevou em 3,7%, para 5,4 milhões, a quantidade total de companhias e outras organizações ativas no país em 2020.
Os dados, divulgados nesta quinta-feira (23) pelo Cempre (Cadastro Central de Empresas), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), correspondem ao segundo ano consecutivo de aumento do número de empresas.
Em 2019, o número de empresas instaladas no Brasil cresceu 6,1% (301.388 novas firmas) e interrompeu a sequência de três anos consecutivos de queda. Na comparação com 2007, ano que marca o início da série histórica da pesquisa, a quantidade de companhias em atividade no Brasil é 22,9% maior, saltando de 4,4 milhões para 5,4 milhões.
Em 2020, 88,9% das empresas situadas no Brasil tinham até nove funcionários. Outras 9,5% empregavam entre dez e 49 pessoas, 1,2% de 50 a 249 profissionais e somente 0,4% tinham 250 ou mais trabalhadores.
No período de análise, 87,9% das empresas situadas no Brasil tinham até nove funcionários. Outras 10,4% empregavam entre dez e 49 pessoas, 1,3% de 50 a 249 profissionais e somente 0,4% tinha 250 ou mais trabalhadores.
Apesar do predomínio das empresas de menor porte, aquelas com 250 pessoas ou mais funcionários obtiveram as maiores participações nas variáveis econômicas analisadas em 2020. O volume de pessoal ocupado total cresceu 47,3%, o de pessoal assalariado aumentou 54,8%, e os salários e outras remunerações avançaram 70,2%.
A pesquisa também revela que o número de pessoas ocupadas caiu 1%, de 53.220.285 para 52.696.808. Do total, 45,4 milhões atuavam como funcionários assalariados das empresas e os demais 7,3 milhões na condição de sócio ou proprietário.
Com a perda de 523,5 mil profissionais ocupados e de 825,3 mil no número de assalariados, os sócios e proprietários aumentaram 4,3% (301,8 mil pessoas) entre 2019 e 2020, segundo o Cempre.
Já os salários e outras remunerações pagas somaram R$ 1,8 trilhão em 2020, a mesma cifra registrada no ano anterior, o que corresponde a uma renda média mensal de R$ 3.043,81, valor equivalente a 2,9 salários mínimos, na época fixado em R$ 1.039, e 3% mais baixo do que o apurado em 2019.
No ano, os maiores valores foram pagos pela seção eletricidade e gás (R$ 7.146,57), seguida por atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (R$ 6.743,39) e organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais (R$ 6.128,97), os quais se situam 134,8%, 121,5% e 101,4%, respectivamente, acima da média nacional.
Apesar de as três atividades pagarem salários médios mensais mais elevados, elas ocupavam, juntas, apenas 1,2 milhão de pessoas, o equivalente a 2,6% do total de trabalhadores assalariados no Brasil.
Por outro lado, os menores salários médios mensais foram pagos por alojamento e alimentação (R$ 1.312,12), atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.802,80) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (R$ 1.986,58), com valores 56,9%, 40,8% e 34,7% abaixo da média, respectivamente.