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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
O dólar encerrou em alta de 0,61%, a R$ 5,267, nesta terça-feira (28), após dados ruins da confiança do consumidor norte-americano reforçarem um pessimismo no mercado e temores de recessão, levando a uma aversão a riscos que prejudica o real.
Esse foi o 13° avanço do dólar em 16 sessões, e deixou a moeda acima de sua média móvel linear de 200 dias, patamar técnico importante, pela primeira vez desde o final de janeiro deste ano.
A moeda norte-americana também passou a valorizar no exterior após a presidente do Banco Central Europeu (BCE) deixar em aberto uma possível alta de juros em julho, reduzindo a alta do real.
Já o Ibovespa recuou 0,17%, aos 100.591,41 pontos, acompanhando o desempenho negativo das ações nos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, setores como o de varejo foram prejudicados pela alta nas curvas de juros futuros, refletindo a indicação de uma economia mais aquecida que o esperado após os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de maio, o que pode levar a uma inflação elevada por mais tempo e demandar juros maiores.
A questão fiscal também voltou ao radar dos investidores. A perspectiva de que o governo federal aumente seus gastos por meio da PEC dos Combustíveis, com um possível desrespeito ao teto de gastos, desagrada o mercado, e pode retirar investimentos do país.
O relator do projeto no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), apresentará nesta terça-feira o parecer sobre o projeto. Ele deve incluir um aumento no valor do Auxílio Brasil e do vale-gás, e criar um novo auxílio financeiro voltado para caminhoneiros, como forma de suavizar o impacto das altas nos preços dos combustíveis.