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Ibovespa fecha em alta de 2,17% com commodities; dólar cai a R$ 5,15

Principal índice da bolsa brasileira encerra positivo, aos 112.300,41 pontos; dólar tem recuo de 1,16%


cnn

Publicada em: 09/09/2022 18:18:44 - Atualizado

O Ibovespa encerrou esta sexta-feira (9) com alta de 2,17%, aos 112.300,41 pontos, em sessão marcada pela alta de commodities, com destaque da máxima do minério de ferro na Ásia em duas semanas e fluxo favorável de investimentos.

Já o dólar terminou o dia cotado a R$ 5,146, após queda de 1,16%, em meio à alta recente de juros na zona do euro e com o real beneficiado por um fluxo de entrada de investimentos em meio a um cenário econômico doméstico positivo. Na semana, a moeda norte-americana acumulou queda de 0,78%.

Com mais peso no índice, papéis de bancos sobem, assim como os ligados a commodities, que seguem as valorizações nos preços do petróleo e do minério de ferro. Por outro lado, exportadoras – principalmente ligadas a proteína animal – tiveram recuo, influenciadas pela queda do dólar.

O Banco Central Europeu (BCE) elevou na quinta-feira a taxa de depósito da zona do euro, a mais importante taxa de juros do grupo, em 0,75 ponto percentual, para 0,75%. A magnitude foi a maior desde que o euro passou a circular, e o mercado interpretou as sinalizações da autarquia como duras no combate à inflação, ajudando a moeda em relação ao dólar.

No Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto teve deflação de 0,36%, a segunda consecutiva. Com isso, o índice acumula alta de 8,73% em 12 meses.

O quadro inflacionário mais positivo, combinado com a perspectiva da proximidade do fim do ciclo de juros e ativos descontados, torna o mercado brasileiro mais atraente para investidores estrangeiros.

O Banco Central realizou neste pregão leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de outubro de 2022.

Na quinta-feira (8), o dólar teve queda de 0,63%, a R$ 5,20. Já o Ibovespa teve alta de 0,14%, aos 109.915,64 pontos.

Sentimento global

A aversão global a riscos dos investidores, desencadeada por temores sobre uma possível desaceleração econômica generalizada devido a uma série de altas de juros pelo mundo para conter níveis recordes de inflação, tem variado de intensidade dependendo das expectativas sobre o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos.

O processo de elevação da taxa norte-americana continuou em julho com uma nova alta de 0,75 ponto percentual. Entretanto, o Federal Reserve sinalizou que poderia realizar altas menores conforme a economia do país já dá sinais de desaceleração, buscando evitar uma recessão.

Os juros maiores nos Estados Unidos atraem investimentos para a renda fixa do país devido a sua alta segurança e favorecem o dólar, mas prejudicam os mercados e as bolsas ao redor do mundo, inclusive as norte-americanas.

Os investidores monitoram ainda a situação da economia da China, que também dá sinais de desaceleração ligados a uma série de lockdowns em cidades relevantes. A expectativa é que o governo chinês intensifique um esforço para estimular a economia, enquanto enfrenta dificuldades para reverter um quadro de baixo consumo pela população, o que impacta a demanda do país por commodities.

Mesmo assim, o Ibovespa e o real encontraram espaço para recuperação com uma melhora de humor do mercado, apoiada nas perspectivas positivas para as commodities, um cenário econômico doméstico mais forte e uma redução da percepção de riscos em relação às eleições. O cenário, entretanto, pode mudar dependendo do grau de aversão a riscos no exterior.

Sobe e desce da B3

Veja os principais destaques do pregão desta quinta-feira:

Maiores altas

  • Americanas (AMER3): 9,31%
  • Sid Nacional (CSNA3): 8,87%
  • Vale (VALE3): 7,81%
  • Gol (GOLL4): 7,58%
  • CVC (CVCB3): 7,35%

Maiores baixas

  • BRF (BRFS3): 2,49%
  • Minerva (BEEF3): 1,52%
  • Assaí (ASAI3): 1,31%
  • Iguatemi (IGTI11): 1,14%
  • CPFL Energia (CPFE3): 0,98%

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