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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
BRASIL- O ministro da Casa Civil, Alexandre Padilha, garantiu nesta 4ª feira (8.fev) que o governo não pretende acabar com a autonomia do Banco Central (BC), diante da manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano. De acordo com o Ministro, o Executivo Federal apenas quer que a autarquia cumpra com seus objetivos de fomentar pleno emprego, garantir estabilidade econômica e suavizar a flutuação financeira no país, dando a entender que a atual política de juros não se alinha aos objetivos legais do órgão.
As declarações foram dadas após a primeira reunião do Conselho Político de Coalização, que recebeu 16 presidentes de partidos e líderes das siglas no Congresso. Padilha negou que os participantes tenham manifestado qualquer preocupação com ameaças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de interferir na autonomia do Banco Central. No entanto, após o encontro, o líder do Cidadania na Câmara, Alex Manente, disse que a agremiação se posicionou contrária a qualquer mudança na independência da autarquia.
Desde o início de fevereiro, Lula vem alimentando um conflito direto com o Banco Central, depois que o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. A justificativa publicada em ata divulgada nesta 3ª (7.fev) foi de incertezas sobre a política fiscal do novo governo. Diante dos juros mais altos, o governo vê um entrave para o crescimento econômico do país, já que o cenário deixa empréstimos e financiamentos mais caros, o que desestimula novos investimentos e, consequentemente, geração de empregos pela iniciativa privada.