PORTO VELHO-RO: A corrida para a Câmara Municipal de Porto Velho tem revelado um cenário de extrema desigualdade entre os candidatos. Com 23 cadeiras em disputa, os atuais vereadores que buscam a reeleição saem na frente, muitos com bolsos cheios, graças à fidelidade canina aos interesses do executivo municipal. 

A aprovação rápida de projetos, muitas vezes sem a devida análise, garante que essas alianças tragam benefícios a poucos, criando uma barreira quase intransponível para os novos postulantes.

Além dos reeleitos, nomes de candidatos com grandes patrimônios, como Dr. Santana, que se beneficia de sua proximidade com o prefeito Hildon Chaves, também fazem parte desse jogo de poder. A lista de candidatos abastados inclui ainda parentes de políticos bem posicionados, como os deputados Jean Oliveira, Cristiane Lopes, Expedito Junior, Rosangela Donadon e o ex-deputado Jair Montes, além de filhos de empresários ricos, como Sandubas, Coimbra e Paroca.

Em contrapartida, os candidatos menos favorecidos lutam para ganhar visibilidade em uma disputa onde a força do dinheiro e do poder político prevalecem. Enquanto tentam conquistar votos, enfrentam as dificuldades impostas pelas desigualdades socioeconômicas e até os impactos das queimadas que assolam a cidade, criando um ambiente ainda mais desafiador para aqueles que não têm os recursos financeiros ou o apoio político necessário para competir em pé de igualdade. 

A eleição para vereador em Porto Velho, mais uma vez, expõe as feridas de uma democracia onde nem todos jogam com as mesmas cartas.