PORTO VELHO-RO: Arcados com dinheiro público, proveniente do Fundo Eleitoral, os custos advocatícios de uma campanha a prefeitura, geralmente costumam valer pequenas fortunas aos donos de escritórios jurídicos em Porto Velho.

Um exemplo é a declaração de gastos apresentada até o momento pelo candidato Léo Moraes (PODE). De um total de R$ 2 milhões recebidos pelo candidato para arcar com a sua campanha, R$ 300 mil foram destinados para pagar honorários advocatícios.

De acordo com a declaração de despesa apresentada no último dia 16 de agosto no sistema Divulgacand, o escritório Camargo, Magalhães & Canedo Sociedade de Advogados, recebeu o valor que corresponde a aproximadamente 11% de todo o recurso do Fundo Eleitoral dispensado à Léo Moraes.

Na descrição do tipo de despesa gasta foi detalhado apenas "Serviços Advocatícios". Vale destacar que Léo Moraes acabou sofrendo uma série de derrotas na Justiça Eleitoral no início da campanha, em uma tentativa de "embargar" Mariana Carvalho e a prefeitura de Porto Velho.

Por recomendações dos órgãos de Justiça, através de ação movida pelos advogados de Léo Moraes, o site da prefeitura de Porto Velho chegou a ficar alguns dias fora do ar e uma campanha de conscientização às queimadas foi vetada. Porém, ambas as decisões foram revertidas após pressão da sociedade, que deseja se manter informada das ações municipais e que apoia as iniciativas de prevenção às queimadas.

Tudo isso, com uma assessoria jurídica que já faturou R$ 300 mil em pouco menos de dois meses.