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porto velho, sábado 12 de outubro de 2024
PORTO VELHO-RO: A corrida eleitoral para a Prefeitura de Porto Velho tem sido marcada não pelo confronto de ideias e propostas, mas pelo jogo de acusações e revelações dos "podres" entre candidatos.
O esperado embate de visões para a cidade foi trocado por ataques pessoais, numa disputa que tem se mostrado mais focada em desmoralizar adversários do que em debater os problemas e soluções para o município. O último debate trouxe à tona essa postura, com a juíza Euma Tourinho expondo abertamente questões delicadas envolvendo o candidato Ricardo Frota, ilustrando como a disputa se tornou uma verdadeira guerra de revelações.
Nesse contexto, o espaço que deveria ser utilizado para apresentar planos de governo e discutir temas como saúde, educação, infraestrutura e segurança foi tomado por alianças políticas estratégicas e apoio de figuras influentes. A prioridade das campanhas parece ser conquistar respaldo de líderes estaduais, federais e de partidos ligados ao governo federal, com o objetivo de fortalecer a própria imagem e enfraquecer a dos concorrentes.
Enquanto isso, a população de Porto Velho assiste a um cenário eleitoral onde a troca de ideias foi deixada de lado, dando lugar a estratégias de poder e uma constante tentativa de associar adversários a escândalos ou figuras políticas com má reputação. Nesse clima, os debates se tornam menos produtivos para o eleitor, que acaba recebendo mais informações sobre os pontos fracos dos candidatos do que sobre suas intenções para transformar a cidade. O último debate da Record foi a tônica dessa assertiva.