BRASIL - Por decisão do juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, o modelo Bruno Krupp, acusado de atropelar e matar o adolescente João Gabriel, em julho do ano passado, vai a júri popular.

O influenciador responde por homicídio com dolo eventual — quando o autor assume o risco. Na ocasião, o juiz Gustavo Kalil não aceitou o pedido da defesa para mudar o crime para homicídio culposo — quando não há intenção de matar —, cuja duração da pena é menor.

Em nota, a defesa de Bruno informou que vai recorrer ao Tribunal de Justiça e, se necessário, ao STJ. Além disso, na decisão que pôs Bruno em liberdade, o ministro Rogerio Schietti Cruz citou inúmeros julgados em que a corte definiu que o excesso de velocidade não ultrapassa a modalidade culposa do ilícito.

Na primeira audiência, Bruno Krupp admitiu que pilotava sua moto a mais de 100 km/h, acima dos 60 km/h permitidos na via, no momento do atropelamento. Ele responde ao processo em liberdade e, em março deste ano, deixou o presídio Bangu 8, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste. De acordo com a Polícia Civil, o influenciador conduzia uma moto, mas não tinha habilitação.

Relembre o caso

O crime aconteceu no dia 30 de julho do ano passado, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Bruno conduzia uma motocicleta em alta velocidade e atingiu a vítima, que atravessava a avenida Lúcio Costa na faixa de pedestres.

O adolescente João Gabriel Cardim Guimarães chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge. Ele teve a perna esquerda amputada e não resistiu aos ferimentos.