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porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024
A notícia de que Faustão passou pela cirurgia de transplante de coração neste domingo (27), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, pegou muita gente de surpresa. Nas redes sociais, os internautas se dividiram ao emitir suas opiniões sobre o assunto. Enquanto uns comemoram que, enfim, o apresentador terá sua saúde restabelecida, após receber um novo coração, outros, no entanto, criticam o SUS pela agilidade em fazer a cirurgia do comunicador acontecer. Contudo, as críticas são por conta de outros vários brasileiros menos favorecidos, que passam meses ou até mesmo anos na mesma fila aguardando sua vez.
“O patrimônio dele é avaliado em mais de R$ 1,1 bilhão e vocês acham que ele iria ficar em fila? Certo ele. Se tem condições de comprar e lutar pela vida, tem que comprar mesmo”, disse uma internauta, insinuando que Faustão teria pago para conseguir o coração mais rápido. “Que sorte a dele. Que tantos outros que esperam tenham a mesma sorte”, falou outra. “Fico feliz por ele, mas queria entender como foi tudo tão rápido”, questionou uma seguidora. “Oxi, cadê a fila? Não entendi foi nada”, comentou outro usuário do Instagram.
Diferente de Faustão, MC Marcinho, que estava internado no Rio de Janeiro, desde o começo do mês de julho, aguardando pela mesma cirurgia, não teve a mesma sorte e acabou morrendo na manhã deste sábado. O Príncipe do Funk acabou sendo retirado da fila nesta semana, após ter tido uma complicação causada por uma infecção generalizada. O quadro clínico dele, que vinha lutando pela vida com o auxílio de um coração artificial, se agravou muito. Então, Marcinho passou a não ter mais condições de suportar uma cirurgia para transplante do órgão, caso chegasse sua vez na fila.
O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) funciona por ordem cronológica de cadastro. Entretanto, há prioridades em meio à fila, dependendo dos critérios que o paciente preenche. Este foi o caso de Faustão, que teve prioridade de acordo com necessidades médicas. “Quando o paciente está internado necessitado de medicação inotrópica para ajudar na contração do coração ou algum dispositivo de assistência circulatória, ele passa na frente de pacientes que estão em casa. Ele recebe uma priorização”, explicou a médica Silvia Ayub Ferreira, coordenadora do Programa de Transplante Cardíaco do Hospital Sírio-Libanês.