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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
Aos 30 anos, a funkeira Anitta segue com foco total na carreira e disse que tem 60 músicas prontas para o seu próximo álbum.
Em entrevista à revista “InStyle”, a artista disse que o processo de curadoria é longo. “Estamos tentando entender qual é o melhor caminho para essas músicas”, disse Anitta.
Para os fãs que já aguardam por novidades, a brasileira lançará, em breve, o single “Grip”, uma faixa em homenagem a outro tipo de funk, conhecido como “Miami Bass”.
“É mais uma questão de batida, instrumental e produção do que a letra. Queria mostrar como o funk brasileiro não tem muitas letras e muitos significados. São apenas coisas sexuais”, explicou.
Previsto para 2024, o próximo álbum da cantora é um projeto inteiramente de funk carioca.
“Precisamos ter pessoas reais para nos sentirmos autênticas, para sentir que estou fazendo algo mais do que apenas [usar] a cultura”, explicou.
Anitta ainda acrescentou o desejo de fazer parte do futuro do baile funk. “Já mudou muita coisa no Brasil. Não é mais considerado crime, toca nas rádios, toca nas boates, coisas que não aconteciam no começo. Então, para mim já é uma grande vitória”, celebrou a artista sobre o funk.
Levando o funk para o mundo, a artista, eleita com o prêmio de “Melhor Videoclipe Latino” no VMA 2023, reviveu um momento delicado na vida pessoal.
Segundo ela, o single “Used To Be”, que faz parte do projeto “Funk Generation” surgiu de algo sério, quando, em 2022, enfrentou sérias questões de saúde.
“Tive problemas nos pulmões, tive um câncer. Passei meses no hospital. Ninguém conseguia descobrir o que eu tinha”, relembrou.
Com isso, iniciou uma jornada de tratamento espiritual após um xamã ser recomendado. “Voltei completamente mudada”, contou.
Ao refazer a bateria de exames, estava inexplicavelmente curada. Assim, o hit veio como uma forma de falar e refletir sobre os altos e baixos, literalmente uma montanha-russa emocional.
Aos amantes de um bom feat, Anitta está em andamento com duas colaborações. Em uma delas, intitulada de “Where I Want To Be”, ela divide os vocais com Sam Smith, ao falar sobre um “relacionamento divertido e descontraído”. Aliás, os visuais foram filmados em ruas brasileiras durante o Carnaval.
Enquanto isso, a segunda parceria é com a cantora Chlöle Bailey, em “A Girl Like Me”. “Ela é uma das minhas maiores amigas na América, e nós fizemos [a música] porque eu [penso] nela como uma irmã”, acrescentou.
À medida que carreira da brasileira se expandiu, também aumentou o desafio de passear entre Anitta e Larissa, o seu nome de batismo. Para lidar com a dualidade, a resposta é muita terapia. “É como dois humanos diferentes em um corpo”, contou.
Há ainda um desejo de sua parte para que a personagem Anitta evolua para algo “um pouco menos explosivo e um pouco menos chato. Porque eu acho que a Anitta é uma grande v****”.
Para Anitta, a fama a impediu de ter tudo, o que causa uma certa frustração. “No momento, eu quero ter família e outras coisas, mas esse personagem não deixa”, admitiu.
Críticas sobre a bissexualidade
Ainda na publicação, a cantora relembrou que, em 2018, na série “Vai, Anitta”, da Netflix, dividiu com o público sua intimidade e comentou sobre ser bissexual.
“A razão pela qual abri sobre isso é porque no Brasil havia muitas críticas e muitos tabus sobre isso”, esclareceu.
Há alguns anos, ela estava bêbada e beijou uma garota de quem gostava em uma festa na frente de todos. “Foi um trabalho inteiro para a minha segurança ir até lá e pedir para que as pessoas apagassem a foto, porque elas diriam que eu tinha beijado a garota e eu perderia os negócios da marca”, contou.
No entanto, o desejo era falar abertamente sobre sua sexualidade. “Mesmo Larissa ou Anitta, ambas não são hipócritas. Isso é algo que eu não sou, em ambos os personagens”, afirmou.
“Algumas pessoas dizem que eu sou uma ‘falsa-bi’, porque eu nunca namorei uma mulher por um longo prazo. Mas, vamos lá, mesmo meus relacionamentos com homens não duram mais de três meses”, concluiu ela sobre as críticas de que seria uma “bissexual de balada”.