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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
Daniel Alves foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por estupro de uma jovem de 24 anos no banheiro de uma boate em Barcelona, na Espanha, em dezembro de 2022. O valor pago pela família de Neymar, cerca de R$ 800 mil (15 mil euros), ajudaram a atenuar a pena, que é considerada mínima nesse caso.
A quantia foi considerada pela justiça espanhola uma atenuante de reparação de danos, pois "antes do julgamento, a defesa depositou na conta do tribunal o montante de 150 mil euros para que pudesse ser entregue à vítima independentemente do resultado do processo".
O montante foi doado por Neymar e sua família, como foi revelado pelo UOL e confirmado por Neymar da Silva Santos, o pai do atacante do Al-Hilal, da Arábia Saudita, que transferiu o dinheiro para a defesa do ex-lateral do Barcelona.
Em entrevista a Emerson Sheik, ex-jogador e comentarista da CNN, Neymar Pai disse que Daniel Alves "não tinha dinheiro para se defender" e classificou a contribuição financeira como "uma ajuda a um amigo". Segundo ele, a família preferiu "acreditar em um amigo do que virar as costas para alguém".
Além disso, a família Neymar cedeu Alves Gustavo Xisto, um dos representantes jurídicos mais antigos das empresas do pai de Neymar, para prestar assistência jurídica para o ex-jogador. O procurador foi constituído no processo em 28 de junho.
Condenação
A sentença foi proferida às 6h (horário de Brasília), após a corte analisar todos os depoimentos e provas apresentados durante todo o processo e nos três dias de julgamento. A expectativa inicial era que a sentença só saísse em março.
"O tribunal considera provado que 'o acusado agarrou abruptamente a denunciante, a jogou no chão e, a impedindo de se mexer, a penetrou pela vagina, mesmo com a denunciante dizendo que não, e que queria sair'. (...). E entende que 'isso cumpre o tipo de ausência de consentimento, com uso de violência, e com acesso carnal'" , diz um trecho da decisão lida pela juíza Isabel Delgado Pérez, da 21ª Seção da Audiência de Barcelona.
Além do tempo de reclusão, Daniel Alves terá que cumprir cincos anos de liberdade vigiada (espécie de regime semi-aberto), e ficar nove anos longe de qualquer contato da vítima, sendo proibido de entrar em contato com ela e se manter distante pelo menos 1 km da casa e trabalho da denunciante, além de indenizá-la em 150 mil euros (aproximadamente R$ 805 mil) por danos morais, físicos e ajuda com o custo do processo.