A saída de Fernando Justus Fischer do comando operacional do SBT, anunciada na segunda-feira (17), gerou repercussão nos bastidores da emissora. Segundo fontes internas, Fischer perdeu influência após a chegada de Rinaldi Faria, empresário e pastor evangélico, que desde novembro atua como consultor da presidência. Dono da franquia Patati Patatá, Faria tem interferido diretamente nas decisões do canal, o que teria levado à mudança de cargo do executivo.

Fischer, amigo próximo de Daniela Beyruti, presidente do SBT e filha de Silvio Santos, estava no cargo de COO havia apenas 99 dias. Sua saída, no entanto, foi anunciada como uma “promoção”, sendo transferido para o Grupo Silvio Santos como diretor de relações institucionais e novos negócios. Enquanto isso, Faria segue ganhando força nos bastidores, tomando decisões estratégicas e até alterando rotinas da emissora, como mudanças em telejornais e programas de entretenimento.

Entre suas ações, o novo consultor da presidência já impôs restrições, como vetar o uso de grua em telejornais e criticar quadros com consumo de álcool no Sabadou. Além disso, teria promovido cortes de custos e demitido funcionários, incluindo Lucas Gentil, diretor artístico interino. Sua ascensão rápida gerou desconforto nos bastidores, com especulações sobre sua real influência e autonomia dentro da emissora.

Nos corredores do SBT, circula a teoria de que a saída de Fischer pode abrir espaço para um novo super-executivo, possivelmente J.B. Oliveira, o Boninho, ex-Globo. A emissora, por sua vez, afirma que Fischer foi realocado para um cargo estratégico dentro do grupo e que Faria segue apenas como consultor. No entanto, a influência crescente do empresário reforça os rumores de que seu papel vai muito além do que foi oficialmente divulgado.