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    porto velho, sábado 5 de outubro de 2024

Brasil conquista prata inédita por equipes no Mundial de ginástica

Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares colocam o time verde-amarelo em novo patamar com primeiro pódio de um Mundial


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Publicada em: 04/10/2023 16:22:14 - Atualizado


O Brasil está em um novo patamar na ginástica artística: o de medalhista por equipes. Nesta quarta-feira, Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares deram um show na final da Antuérpia e conquistaram um pódio inédito para o país: prata por equipes femininas em um Mundial. O Brasil ficou atrás apenas dos Estados Unidos, comandados por Simone Biles. A França ficou com o bronze.

Por décadas, uma medalha por equipes em um Mundial era vista com um sonho distante, algo que só estava ao alcance de potências como Estados Unidos, Rússia, China e Romênia. Guiadas por Rebeca e Flavinha, as brasileiras mostraram já no ano passado que chegaram a um novo patamar, o de equipes medalhistas. Por menos de um ponto, o bronze escapou no Mundial de Liverpool. Na Bélgica, com o reforço de Jade, a medalha inédita veio, coroando o grupo que também conquistou a classificação para as Olimpíadas de Paris.

A comemoração foi grande e cheia de lágrimas. Não à toa. Jade Barbosa, aos 32 anos, voltou ao pódio de um Mundial depois de 13 anos para receber sua terceira medalha - já tinha dois bronzes. Rebeca chegou a cinco medalhas em Mundiais - também tem duas olímpicas. Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira, Júlia Soares e a reserva Carolyne Pedro subiram pela primeira vez no pódio de uma grande competição da ginástica.

- É o trabalho de muitas pessoas. Uma lista gigante. Hoje firmamos a escola de ginástica do Brasil. Fizemos incríveis escolhas. Estamos tão felizes. Mostramos que nosso trabalho está no caminho certo. A gente imaginava terceiro, que podíamos, mas a segunda posição é muito melhor - disse Jade Barbosa.

O Brasil somou 165,530 pontos nesta quarta-feira, superando em mais de um ponto a marca da classificatória (164,297) mesmo sem ter nota de descarte na final e contando com uma queda na trave. Assim subiu duas posições no ranking, incomodando inclusive as americanas, campeãs com 167,729 pontos graças a uma grande noite de Simone Biles. A França fez uma decisão sem grandes erros para chegar ao pódio com 164,064 pontos.

O Brasil ainda pode conquistar até mais oito medalhas no Mundial da Antuérpia. Nesta quinta-feira, às 14h30 (de Brasília), Diogo Soares disputa a final do individual geral masculino. Na sexta-feira, também às 14h30, Rebeca e Flávia estão na decisão do individual geral. No sábado, Rebeca está na final do salto, aparelho em que é a atual campeã olímpica. No domingo, Rebeca está na decisão da trave e do solo. Flavinha também está na final do solo. Arthur Nory fecha o Mundial na decisão da barra fixa.


A final rotação a rotação
Primeira rotação

O Brasil começou nas barras assimétricas, único aparelho em que teve falhas na classificatória. Falhas que as brasileiras corrigiram para a final. Lorrane (13,166 pontos) e Flavinha acertaram suas séries (13,733). Vice-campeã mundial do aparelho em 2021, Rebeca fechou com uma série quase perfeita (14,400). Todas as brasileiras melhoraram suas notas nas barras, e o Brasil somou 41,299 pontos, crescendo um ponto em relação à classificatória. As brasileiras se colocaram na terceira posição ao fim da primeira rotação, atrás da China (43,032 nas barras) e dos Estados Unidos (42,966 no salto).



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