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porto velho, quarta-feira 17 de setembro de 2025
BRASIL: Cerca de 50 mil mulheres sofrem violência todos os dias no Brasil. São milhares de mulheres que sofrem com agressões físicas e psicológicas, seja através do uso de armas de fogo e facas ou com xingamentos e ameaças. Existem, ainda, aquelas que não conseguem sair do ambiente de brutalidade e sofrem durante toda a vida.
A pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgada no início de março, apontou também que uma a cada três mulheres já sofreu algum tipo de violência cometida pelo parceiro em algum momento da vida. Dentro da análise, estão as agressões físicas e sexuais.
A apresentadora de televisão Melissa Paula faz parte dessa estatística. Segundo ela, a violência doméstica começou durante a adolescência, quando se casou: “Por muitos anos tive que conviver com a dor de ser violentada por alguém com quem dividia a vida. Hoje, essa situação não existe mais. Porém, até que esse dia chegasse, ocorreram muitos episódios traumáticos”.
Segundo Melissa, a violência começa, na maioria das vezes de forma verbal, mexendo com a cabeça das mulheres. “Convivi com ofensas e abusos psicológicos, até que a violência se tornou física. Fui ameaçada com armas brancas e agredida por arma de fogo”.
A apresentadora conta que hoje superou os traumas sofridos e agora encoraja as mulheres que também tentam sair desse tipo de situação. “A família e os amigos são pilares no auxílio das mulheres que sofrem com algum tipo de violência e é nosso papel, enquanto sociedade, tentar ajudá-las”.
Neste mês, foi sancionada a lei que obriga que as delegacias de atendimento à mulher funcionem durante 24 horas. A iniciativa busca diminuir o número de vítimas que acabam não denunciando os casos de agressão devido à falta de locais para denúncia e por falta de proteção e auxílio. Com a mudança, a expectativa é que a violência praticada contra pessoas do sexo feminino diminua.
Melissa Paula diz que essa mudança é fundamental para que as mulheres consigam superar esses episódios traumáticos.
“Assim como eu passei por essa fase difícil e reinventei minha vida longe de quem me violentou, é possível que mais mulheres saiam dessa situação. Para isso, é preciso aprender a fazer com que a vida seja mais leve e buscar ajuda sempre que possível, seja das autoridades ou de uma rede de apoio próxima. O importante é ‘dar a volta por cima’ e viver da melhor maneira possível, mesmo com as cicatrizes da vida.”