Há 10 anos, Manuela voltou para a família Almeida. É que o jabuti um belo dia resolveu se esconder muito bem e ficou desaparecido por 30 anos dentro da bagunça da própria casa em Realengo, no Rio de Janeiro.

No início de 2013, Nathalye de Almeida mandou um e-mail para o site do Fantástico após a morte do seu avô e contou a história da até então Manuela. Um parêntese: os Almeida descobriram depois do reencontro que o jabuti é macho, e agora o chamam de Manuel.

Mas vamos entender essa história melhor:

• Leonel, patriarca da família, era acumulador compulsivo e chegou a ocupar um quarto e o segundo andar da residência com objetos e equipamentos eletrônicos.
• Quando ele morreu, o filho mais velho foi limpar a casa. Na hora que estava colocando as coisas no lixo, um vizinho gritou: 'Peraí, você vai jogar fora a tartaruga?'
• É que no início da década de 1980, durante uma reforma da casa, os Almeida deram por falta do bicho. "Eu achei que ela tinha fugido, porque o pedreiro que fazia a obra deixava o portão aberto”, disse a tutora da jabuti, Sueli de Almeida.
• A família perguntou para a vizinhança, mas ninguém encontrava uma ‘tartaruga fugitiva’ por Realengo. Até que Manuel foi esquecido.

Dez anos depois desse reencontro, Manuel agora vive com Nathalye de Almeida, a filha da tutora, em um novo endereço do mesmo bairro.

"Ele ama se esconder. Já o perdi em casa pelo menos três vezes. No primeiro espaço que encontra, ele se enfia. Então já o encontrei embaixo da cama, atrás do fogão e dentro do guarda-roupa. Chamamos ele sempre de Tartaruga Ninja e Rei do Pique-Esconde", diz.

Enquanto essa entrevista estava sendo feita, Manuel se escondeu por cerca de 30 minutos, mas logo foi achado.

"Por conta da falta de manutenção, a casa começou a ruir. Ela precisava de manutenção, só que pra fazer qualquer obra, precisaria tirar todo o acúmulo que havia. Como meu avô não deixava ninguém mexer, nenhuma obra foi feita e a casa ficou daquela forma", se emociona ao lembrar.