PORTO VELHO-RO: O Programa A Voz do Povo da Rádio Caiari, FM, 103,1 de terça-feira, (08/05),  apresentado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá, recebeu o médico Amado Rahal. Na oportunidade foram levantadas as mais variadas pautas no âmbito da saúde municipal e estadual.

O médico, que já foi diretor do Hospital de Base e do Pronto socorro João Paulo II, possui uma vasta experiência na administração hospitalar. A entrevista iniciou com doutor Amado falando sobre as complexas dificuldades encaradas por quem está à frente das unidades de saúde. 

Segundo ele, A falta de investimento é a maior barreira para se oferecer um serviço de excelência à população. “Os recursos nunca chegam a contento para atender o que é necessário”, enfatizou. O médico criticou a atuação dos administradores no interior do Estado, que investem pesado em ambulâncias pensando somente em transferência de pacientes. “Os dirigentes do interior veem como melhor opção de investimento as ambulâncias, então eles mandam o paciente para o João Paulo II e se livram do problema”, detalhou.

Apesar de os investimentos na área da saúde caminhar  a passos curtos, Rahal destaca o olhar atencioso para os atendimentos mais complexos, como no Hospital do Cancêr e o Hospital de Reabilitação, recém-inaugurado. “Antes o paciente com câncer tinha que sair do Estado para buscar atendimento nessa área, agora nós já comportamos essa clientela aqui mesmo, os investimentos neste sentido têm sido extremamente positivos”, acrescentou.

O entrevistado recebeu dezenas de mensagens dos ouvintes que dão voz ao programa e mais temas ganharam destaque no bate-papo, como por exemplo, o serviço da regulação de consultas, que no ponto de vista do médico tem pouca eficácia. “Na minha opinião a regulação não funciona, torna o atendimento e o retorno do paciente algo muito demorado, já vi situações de uma pessoa demorar mais de seis meses para ter uma consulta agendada”, reclamou.

A relação médico paciente também foi bastante criticada por ouvintes do “A Voz do Povo”. Segundo os mesmos, alguns médicos da rede pública não oferecem o devido respeito aos pacientes e durante as consultas tratam com frieza e distância. “A gente chega no consultório e o médico mal olha na nossa cara, já dizem que é virose e mandam embora, alguns sequer querem examinar”, reclamou uma participante. 

Doutor Amado criticou duramente esse tipo de comportamento e disse que enquanto administrador nunca permitiu que os médicos da unidade onde dirigiu, atendessem mal a qualquer paciente. “Não passo a mão na cabeça de médico que trata sem respeito os pacientes”, finalizou.