PORTO VELHO-RO: O Programa A Voz do Povo, da Rádio Caiari, FM, 103,1 desta quinta-feira, (13), apresentado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá, recebeu convidados especiais e realizou duas entrevistas com eixos diferenciados. 

O programa teve início com o doutor Paulo Roberto  da Silva, presidente da Ameron, e Geovani Júnior, diretor executivo da empresa  que falaram sobre a história do grupo de AMERON, que em 2023 completa 35 anos de fundação. Já nos últimos blocos contou com um bate-papo com a conselheira tutelar de Porto Velho, Ângela Fortes onde foram pautados temas sobre a prática das políticas públicas previstas no Estatuto da Criança e Adolescente, que hoje comemora 33 anos.

Paulo Roberto iniciou a conversa falando sobre o crescimento da operadora Ameron, mesmo em meio ao atual cenário das operadoras de convenio de saúde, que vem enfrentando dificuldades instaladas desde o período da pandemia da Covid 19. “A Ameron vem a cada ano se reinventando e se mantendo no mercado, sempre trazendo o melhor para os nossos beneficiários”, comentou Paulo Roberto.

Giovani complementou discorrendo sobre os novos projetos da empresa que serão disponibilizados a partir do mês de agosto cujas atividades  serão focadas nas empresas integrantes do grupo e reformulando toda a sua rede assistencial. “Estamos com grandes projetos e, também, um enorme desafio que é de trazer mais beneficiários para o plano, já que Rondônia não tem essa tradição de fazer uso desse serviço, fato bem marcado com os números que mostram o Estado com apenas 9% de cobertura de plano de saúde, sendo que a média nacional é de 25%”, enfatizou  o diretor executivo da empresa.

No segundo bloco, a conversa permeou sobre as normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que é a responsável por regulamentar para as operadoras, os reajustes que serão repassados para o cliente final. Paulo relatou que apesar do aumento nos preços dos insumos, a Agência calculou um reajuste de 9%, mas os gastos estão sendo superiores ao que está sendo cobrado dos usuários da entidade que preside. 

“A Ameron anda conforme o que dita a ANS, o reajuste colocado por eles não cobre os gastos com os insumos que aumentaram muito, principalmente depois da pandemia”, lamentou. “Tem muitas operadoras que estão  no vermelho, segundo o próprio site da ANS, algumas fecharam as portas devendo bilhões, porque as taxas repassadas, não acompanham os investimentos que são necessários para a prestação de um serviço de qualidade aos nossos clicentes”, acrescentou o presidente.

Conselho Tutelar

O programa seguiu o terceiro bloco com a entrevista da conselheira tutelar Ângela Fortes, onde a mesma fez uma avaliação dos avanços e desafios do Estatuto da Criança e do Adolescente. “Ainda temos muitos desafios para que de fato o ECA seja colocado em prática, ainda precisamos avançar na área da educação, lazer, esporte e segurança”, adicionou. 

Durante a conversa ela relatou que as políticas públicas não chegam até o público alvo e isso se nota na prática com falta de assistência nas escolas, algumas fechando salas de aula e outras registrando a falta de professores de várias disciplinas. “O ECA não é cumprido  integralmente, há motivos para chorar em relação a comemoração do Estatuto, tem famílias que ainda hoje ligam buscando ajuda por não ter uma cesta básica”, explanou.

O último bloco do programa abriu seus microfones para os ouvintes que deram voz à programação e questionaram sobre evasão escolar, prostituição de menores, presença de crianças e adolescentes em eventos de cunho sexual, recrutamento para o tráfico, entre outros temas que envolvem a problemática. Ângela contextualiza as questões mencionando a força das facções em toda a Capital e a falta de combate do poder público. 

“As facções querem dominar a cidade, temos situações de exploração pelas facções, existem ocorrências registradas nas delegacias especializadas, que mal funcionam e não oferecem o amparo necessário e com isso esses grupos criminosos estão aproveitando para usar esses menores”, concluiu.