BRASIL -O avião com mais de 500 quilos de cocaína que foi interceptado por caças da Força Aérea Brasileira (FAB), na quarta-feira (26) entre Matão e Dobrada (SP), era monitorado há 72 horas pela Polícia Federal (PF) por realizar o mesmo trajeto nos últimos dias, segundo apuração da Globo News.

Os agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) identificaram que o bimotor Beechcraft Baron 58 fez o mesmo trajeto nos últimos dias, saindo da região de Dourados (MS) com destino ao Paraguai e, depois, retornando para o interior de São Paulo, na região de Araraquara (SP).

A suspeita é que o piloto arremessava a droga do alto ou pousava para descarregar.

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A FAB foi acionada por dois dias, até que encontrou o bimotor, havendo a interceptação. O piloto e um acompanhante conseguiram fugir e são considerados foragidos.

Tiro de advertência

Durante a ação, os pilotos dos caças A-29 Super Tucano da FAB dispararam tiros de advertência depois que o piloto da aeronave carregada com mais de 500 quilos de cocaína desrespeitou a ordem de parada.

O Decreto 5.144, de 16 de julho de 2004, prevê a interceptação de aeronaves hostis ou suspeitas de tráfico de drogas no território nacional.

Os aviões sem plano de voo ou que omitem dos órgãos de controle de tráfego aéreo informações para identificação estão sujeitos a medidas de averiguação, intervenção e persuasão feitas por aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).

A medida de destruição, que é feita com disparo de tiros, é usada como último recurso.

Aeronave

Segundo Fernando Catalano, professor do curso de engenharia aeronáutica da USP de São Carlos, a aeronave interceptada é um bimotor Beechcraft Baron 58. Ainda não há informações sobre a identidade do dono dela.

Ela tem capacidade para transportar um piloto e cinco passageiros em viagens intermunicipais e interestaduais (rotas domésticas).

Foi projetada, desenvolvida e produzida em larga escala nos Estados Unidos a partir da década de 1970 pela então Beech Aircraft, atualmente Beechcraft Corporation.