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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
PORTO VELHO-RO: A capital de Rondônia ultrapassou, no final do mês de junho, a marca de 35 dias consecutivos sem chuvas, conforme dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). A última precipitação registrada na capital do Estado ocorreu em 25 de maio de 2024, acumulando 29 mm.
Com a chegada do verão amazônico, os focos de queimadas em Rondônia aumentaram significativamente, especialmente nas áreas rurais, causando destruição da floresta e problemas respiratórios na população.
Somente no mês de junho, foram registradas 71 ocorrências de queimadas e incêndios. A seca prolongada e o calor intenso criam condições ideais para a propagação do fogo, dificultando os esforços de controle e combate.
Um dos principais fatores que contribuem para o aumento dos incêndios é a cultura popular de tocar fogo em lixo doméstico, prática ainda comum entre a população. Esta atitude, além de ser perigosa, muitas vezes resulta em incêndios descontrolados, causando destruição e colocando vidas em risco. Em junho, pelo menos 12 animais morreram em consequência dos incêndios.
Autoridades locais têm intensificado a fiscalização e, até o momento, aplicaram quase 2 milhões de reais em multas, principalmente nas regiões de Rolim de Moura e Ariquemes. A falta prolongada de chuvas eleva o risco de queimadas e escassez de água, preocupando autoridades e moradores. Medidas preventivas e campanhas de conscientização estão sendo intensificadas para minimizar os impactos deste período crítico.
Especialistas do Censipam indicam que a previsão para julho segue o mesmo padrão, com chuvas abaixo da média histórica. A expectativa é que os meses de agosto e setembro apresentem o ápice da estiagem em 2024, agravando ainda mais a situação de seca na região.
Agentes do Corpo de Bombeiros estão em alerta, reforçando ações de fiscalização e prevenção contra incêndios florestais. A população é constantemente orientada a evitar o uso do fogo para limpeza de terrenos e a denunciar qualquer atividade suspeita. A colaboração da comunidade é essencial para enfrentar essa crise ambiental, que ameaça a biodiversidade e a qualidade de vida na região.
A situação demanda atenção e esforços conjuntos para mitigar os efeitos da seca e prevenir novos incêndios, garantindo um ambiente mais seguro e saudável para todos os habitantes de Porto Velho e de Rondônia como um todo.
Por outro lado, a população também precisa colaborar com as autoridades evitando a queima de lixo doméstico.