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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
RONDÔNIA: Nos primeiros 23 dias de julho, Rondônia registrou 763 focos de queimadas, um aumento alarmante de 189% em relação ao mesmo período do ano passado. Esses dados são fornecidos pelo Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Porto Velho, a capital do estado, destaca-se negativamente como a quarta cidade no Brasil com o maior número de focos de queimadas em julho de 2024, seguida por Nova Mamoré, Cujubim e Candeias do Jamari. Este aumento significativo torna julho de 2024 o pior mês em termos de queimadas dos últimos três anos para a região.
Os dias entre 15 e 21 de julho foram particularmente críticos, com 560 focos identificados nesse curto período. Entre as áreas de conservação, o Parque Estadual Guajará-Mirim foi o mais afetado, com 90 focos de incêndio registrados.
A situação é agravada pela severa estiagem que assola Porto Velho, que completou quase dois meses sem chuvas. As previsões do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) indicam que a massa de ar quente e seco continuará atuando na região, causando ventos fracos, baixa umidade e ausência de chuvas, aumentando assim o risco de novos incêndios florestais.
A crise hídrica levou o governo federal a reconhecer 18 municípios de Rondônia, incluindo Porto Velho e Nova Mamoré, em situação de emergência devido à extrema seca.
A combinação de fatores naturais e atividades humanas ilegais, como a extração de madeira, desmatamento e grilagem de terras, contribui para a devastação contínua da região, destacando a necessidade urgente de medidas de controle e prevenção de queimadas.