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porto velho, segunda-feira 12 de maio de 2025
RONDÔNIA - Após rejeitarem as propostas do Consórcio SIM, motoristas e cobradores do transporte coletivo de Porto Velho decidiram por manter a greve em assembleia na manhã desta quinta-feira (16). O movimento grevista chegou ao 6º dia com a categoria denunciando atraso no pagamento do salário de dezembro e outros benefícios.
Para encerrar com a paralisação, a empresa responsável pelo serviço fez duas propostas durante uma audiência realizada na Justiça do Trabalho na tarde de quarta-feira (15). No encontro, o sindicato que representa a categoria propôs votar os pontos em assembleia nesta quinta-feira.
Após exposição da situação da greve pelo presidente e advogado do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Urbano de Rondônia (Sitetuperon), Francinei Oliveira, os presentes votaram e rejeitaram as propostas (entenda ponto a ponto as propostas ao final da reportagem).
Na terça-feira (14), o desembargador Osmar João Barneze, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-14), determinou o retorno de até 90% dos ônibus para as ruas nos horários de pico e fixou multa de R$ 100 mil por dia e R$ 10 mil por ônibus em caso de descumprimento. Na contramão da liminar, a categoria decidiu não voltar aos postos de trabalho.
Com a rejeição das duas propostas do SIM, os trabalhadores devem apresentar outra opção em nova audiência no TRT-14 nesta quinta. Caso não seja aceita pela empresa, a categoria deve pedir demissão em massa, segundo Francinei Oliveira.
"A proposta não foi aceita. A gente construiu uma nova proposta para apresentar agora numa nova audiência de continuidade à de ontem pra ver se a gente chega a um consenso. Caso essa contraproposta não seja aceita, infelizmente o caminho é a rescisão indireta individual pra cada trabalhador", complementou o presidente do Sitetuperon.
Em nota divulgada no fim de semana, o SIM confirmou que estão atrasados o salário de dezembro e a segunda parcela do 13° salário. A empresa também alegou que passa por "grave crise de equilíbrio econômico e financeiro" e que com a queda no número de passageiros, não teve caixa para fazer realizar pagamentos e novos investimentos.
Por sua vez, a Secretaria Municipal de Transporte, Mobilidade e Transportes (Semtran) informou que continua disposta ao diálogo, pois "os questionamentos dos trabalhadores do transporte coletivo são justos, porém a responsabilidade administrativa cabe ao Consórcio SIM e não à prefeitura".
Veja quais são as propostas rejeitadas:
Proposta 1
Proposta 2