Fundado em 11/10/2001
porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
Exatamente um ano depois de ter sido preso em flagrante por suspeita de estuprar uma passageira em um trem da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), o Diário Oficial do Estado da última sexta-feira (15) publicou a expulsão do policial militar.
O soldado é do Regimento de Polícia Montada, a cavalaria da PM.
A publicação diz que o PM foi expulso por cometer “atos atentatórios à Instituição, ao Estado aos direitos humanos fundamentais e desonrosos, consubstanciando transgressão disciplinar de natureza grave”, baseado no Regulamento Disciplinar da Polícia Militar.
O caso foi apurado pelo Conselho de Disciplina do Regimento de Polícia Montada, já que o soldado atuava no batalhão da cavalaria da PM. Além disso, há um processo em segredo de Justiça contra o policial militar por causa dessa ocorrência.
Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), o policial militar "já devolveu os fardamentos, armamento e documentos pertencentes à corporação e responderá pelo crime de estupro na Justiça comum".
O caso
Por volta das 19h30 do dia 15 de dezembro do ano passado, o PM foi preso suspeito de estuprar de uma jovem de 23 anos, na estação São Miguel (zona leste de São Paulo), Linha 12-Safira, da CPTM.
Na ocasião, a Polícia Civil apurou que o PM chegou a ejacular na calça da mulher. Segundo à vítima, quando percebeu que estava sendo “encoxada” e olhou para trás e viu o homem com o pênis para fora da calça.
O caso foi registrado no 63º DP (Vila Jacuí), e o policial militar foi autuado em flagrante por estupro e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes.
Outro lado
A reportagem também procurou o advogado Fábio Cunha Galves, citado na publicação do Diário Oficial. O telefone informado pelo advogado na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) não atendeu às ligações. Já o escritório do qual ele é sócio, o Lacava & Maiolino Advogados Associados, disse que Fábio está de férias e os advogados não falam com a imprensa.