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    porto velho, sábado 7 de setembro de 2024

Projeto Café Clonal chega na fase conclusão para plantio de 30 mil mudas em Guajará, RO

Programa vai beneficiar 47 propriedades rurais em Guajará-Mirim (RO). Plantio deve ser feito primeiro em cinco terrenos, ainda neste ano.


G1

Publicada em: 21/12/2017 15:40:56 - Atualizado

GUAJARÁ MIRIM, RONDÔNIA - Projeto Café Clonal, que foi criado no primeiro semestre deste ano para beneficiar os pequenos produtores de Guajará-Mirim (RO), chegou na fase de conclusão. Segundo a Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca (Semagrip), ainda em 2017 as 47 propriedades rurais selecionadas pelo programa irão receber o plantio de aproximadamente 30 mil mudas, o que vai potencializar e alavancar a produção de café na região, sendo este um empreendimento pioneiro.

Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), o município tem mais de 90% de áreas preservadas, por isso implantar uma nova cultura como forma de gerar empregos é um desafio.

O Café Clonal vai abranger não somente as propriedades da zona rural, mas também lotes em áreas indígenas e nas regiões ribeirinhas, inclusive quem já trabalha no setor extrativista.

Plantio

Segundo o engenheiro Fábio, as mudas de café que serão cultivadas já foram liberadas e estão em Porto Velho, mas ainda falta definir a questão logística de transporte para ir até lá buscar todas elas. Neste primeiro momento, somente cinco propriedades vão receber o plantio imediato, ainda neste ano, já as demais começarão a receber em janeiro de 2018.

“A Prefeitura Municipal está analisando a melhor forma de trazer o carregamento até aqui. Será uma experiência muito interessante, a expectativa é muito boa. A contrapartida do produtor é somente o pagamento da análise do solo e a compra dos fertilizantes, além do sistema de irrigação, que deve ser implantado em maio no cafezal”, explica.

Participação da Unir

Em entrevista ao G1, o Professor Renato Almeida, que é do Departamento Acadêmico de Ciências Sociais e Ambientais da Unir (Dacsa), falou sobre a importância da participação dos alunos no projeto.

“É uma oportunidade de colocar em prática tudo que é estudado em sala de aula. A parceria da universidade com a Prefeitura em relação aos estágios é primordial para a boa formação no curso de gestão, o aproveitamento está sendo maravilhoso”, diz.

Renato analisou ainda a implantação da cultura na região como uma forma de dar mais uma opção de sustentabilidade às famílias produtoras.

“Uma vez que o projeto chegar na fase de colheita e acompanhamento veremos os grandes resultados obtidos e a economia ganhando uma impulsão na região. Além de gerar empregos, isso vai fortalecer a agricultura familiar, que é uma das vertentes do curso”, finalizou.

Projeto Café Clonal

A iniciativa foi planejada e executada pelo engenheiro agrônomo da Semagrip, Fábio Ferrera, que viu na implantação da cultura uma maneira de dar assistência aos produtores, além de fomentar a economia e garantir a geração de empregos formais e informais.

Além da Semagrip, a Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO) trabalham desde o início para colocar em prática todas as ideias planejadas na fase de construção do projeto.

Os trabalhos de campo são feitos pelos acadêmicos do curso de Gestão Ambiental da Unir, que fazem estágio e são acompanhados pelo engenheiro na execução das tarefas.

De acordo com a Semagrip, o passo a passo do projeto incluiu a elaboração, cronograma, chamamento público dos proprietários interessados, cadastramento das propriedades, laudo técnico dos terrenos, coletas de solo, treinamento dos produtores e por fim, o plantio.

Ao ser plantado, o café vai florescer um ano depois, mas só vai atingir a condição de produção após dois anos, sendo a primeira colheita prevista somente para 2019.


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