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    porto velho, sexta-feira 27 de setembro de 2024

Caerd deixa à mingua de água moradores da vila DNIT


Expressão RO

Publicada em: 23/06/2020 11:36:11 - Atualizado

RONDÔNIA - Eles moram a 50 metros do Rio Madeira, mas, no jogo de empurra entre o Dnitt, a empresa que construiu o conjunto e a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd), dezenas de famílias, mesmo morando dentro da zona urbana da capital rondoniense, vive o drama da seca, o flagelo de não ter água em casa sequer para as mais básicas necessidades. Enquanto o restante dos habitantes de Porto Velho teme ser vítima do coronavírus, os que residem à margem esquerda do Madeira, logo após a ponte do Madeiram têm medo de morrer é de sede.

Construída pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte Terrestre, o conjunto habitacional, localizada à margem esquerda do Rio Madeira passou a ser conhecida por Vila Dnitt, para onde foram realocadas as famílias retiradas da área onde foi construída a ponte sobre o rio, interligação que substituiu as balsas na travessia de um lado a outro na rodovia.

Desde quando as famílias se instalaram que há problemas, de assaltos a falta de transporte escolar, o que os levou por duas vezes a terem de fechar o tráfego na BR-319 – rodovia que corta grande parte da Capital rondoniense como forma de protesto. Mas, gora, o medo é de morrerem de sede.

Tendo de cumprir os decretos de isolamento social, os moradores, numa área onde a manutenção de áreas verdes dentro da vila não foi considerada quando da construção, reclamam da falta dá água, em meio a uma indefinição entre órgão federal que os retirou de onde moravam colocando-os na vila, e a construtora.

O Dnitt garante que a questão é de responsabilidade da empresa, num claro jogo de “empurra com a barriga”, o que é comum quando se trata de construções com o dinheiro público destinada à famílias de baixa renda. Sem água nas torneiras, morando numa região de alto calor em pleno verão, os moradores recebem uma vez por semana um carro-pipa da Caerd, e, para não morrerem de sede, têm de contratar uma empresa que leva água, mas apenas para quem pode pagar, até porque muitas famílias ali residentes estão desempregados e às vezes não podem pagar o frete, e o jeito é olhar as águas do vizinho Rio Madeira.

Alguns poucos moradores até que conseguem captar um pouco mais de água, mas isso quando chove, o que, pelo comum na região, só vai acontecer com constância dentro de aproximadamente três ou quatro meses.


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