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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
Shakil Afridi está preso desde 2011, altura em que o médico paquistanês tentou ajudar a marinha norte-americana a tentar descobrir onde estava escondido Osama bin Laden, através do seu boletim de vacinas.
Segundo o Daily Mail, a detenção do homem levanta duas importantes questões.
Primeiro, como é que os paquistaneses mantêm preso o homem que ajudou a capturar o mentor do ataque do 11 de Setembro.
Segundo, como é que os norte-americanos conseguiram trair a confiança do homem que os ajudou, num ato que terá envergonhado as forças militares e as agências de inteligência norte-americanas?
A saga Shakil Afridi é a metáfora perfeita da relação entre os EUA e o Paquistão, uma crescente relação baseada em falta de confiança e erros de comunicação que ameaça a luta eficaz contra o terrorismo, considera Michael Kugelman, diretor do programa Asia do Wilson Centre.
Afridi, que foi condenado a 33 anos de prisão, cumpriu já sete anos da pena e continua à espera de um novo julgamento, que parece nunca mais realizar-se.
O presidente Donald Trump num discurso recente disse que tudo faria para libertar o médico, mas até ao momento não há indícios de que algo tenha sido feito nesse sentido.
"Acreditamos que o dr. Afridi foi injustamente preso e comunicámos a nossa posição ao Paquistão quer em público como em privado", afirmou Alice Wells, diplomata norte-americana.
Shakil Afridi manipulou um programa de vacinação para a hepatite no Paquistão que visava confirmar, através de ADN, se Osama Bin Laden se encontrava na cidade de Abbottabad.