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França e Japão pretendem pressionar em conjunto a Coreia do Norte

A França e o Japão comprometeram-se hoje em exercer "pressão máxima" sobre a Coreia do Norte para garantir que renuncie ao programa nuclear


Notícias ao Minuto

Publicada em: 26/01/2018 14:43:10 - Atualizado

"A Coreia do Norte representa uma ameaça não apenas para a Ásia mas também para a Europa", afirmou esta noite (hora local) em Tóquio perante os jornalistas o chefe da diplomacia nipónica, Taro Kono, após as discussões mantidas durante a tarde.

Ao considerar o desenvolvimento da arma nuclear por Pyongyang como "a mais grave e iminente ameaça para o mundo", apelou a "elevar ao máximo a pressão" que exercem sobre a Coreia do Norte.

A Coreia do Norte "coloca em perigo a segurança regional e internacional (...) o nosso objetivo permanece em convocar Pyongyang para a mesa das negociações e garantir um desmantelamento definitivo, irreversível e verificável dos seus programas de proliferação", disse por sua vez o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, no decurso da conferência de imprensa.

Através de um comunicado conjunto, Paris e Tóquio reafirmam "a sua vontade de exercer uma pressão máxima sobre a Coreia do Norte".

Pyongyang intensificou consideravelmente os seus esforços no decurso de 2017 para desenvolver os seus programas nuclear e balístico, proibidos pelas agências internacionais, apesar das múltiplas sanções da ONU e da retórica crescentemente belicista vinda de Washington.

O dirigente norte-coreano Kim Jong-Un, que assegurou manter no seu gabinete e em permanência um botão de armas nucleares, presidiu em setembro ao sexto teste nuclear norte-coreano, o mais poderoso até à data.

Durante 2017 também supervisionou diversos ensaios de mísseis intercontinentais (ICBM), assegurando que a Coreia do Norte tem capacidade para atingir território continental norte-americano e que se tornou num Estado nuclear equiparado aos restantes.

Em 2017, dois mísseis sobrevoaram o Japão.

No decurso desta quarta sessão de diálogo ("2+2"), os quatro ministros também abordaram as possibilidades de cooperação na Ásia-Pacífico, África, Europa e Médio Oriente, e um reforço da sua cooperação em exercícios militares conjuntos, equipamentos de defesa, espaço, cibersegurança, segurança marítima e luta contra o terrorismo, precisou a ministra francesa da Defesa, Florence Parly.

No sábado deverão decorrer reuniões separadas entre os ministros da Defesa e os chefes das diplomacias dos dois países.


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