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porto velho, sexta-feira 9 de maio de 2025
Segundo a informação divulgada por aquela organização não governamental anticorrupção, Portugal continua a ocupar a 29.ª melhor posição no 'ranking', à semelhança de 2016.
De acordo com a organização, Portugal está dois pontos abaixo da média europeia, o que o presidente da Transparência e Integridade (Transparency International Portugal), João Paulo Batalha, lamenta.
Portugal continua "cronicamente abaixo da média da Europa Ocidental no combate à corrupção", referiu em comunicado, acrescentando que "esta estagnação é o retrato da falta de vontade política em adotar uma abordagem frontal a este problema crítico para o bom funcionamento das instituições e para a capacidade da economia ser competitiva e captar investimento e gerar emprego".
Para este responsável, "Portugal precisa de adotar uma estratégia nacional contra a corrupção, que meça os riscos nas várias áreas da vida pública e ponha no terreno medidas eficazes para reforçar a integridade das instituições".
Enquanto os vários governos "continuarem a ver a corrupção exclusivamente como um problema da justiça continuaremos presos ao ciclo vicioso de escândalos atrás de escândalos", conclui.
O índice, que avalia 180 países e territórios segundo os seus níveis de perceção de corrupção no setor público, usa uma escala de zero a 100 pontos, em que zero qualifica um país/território como "altamente corrupto" e 100 um "totalmente livre de corrupção".
Este ano, o índice revela que mais de dois terços dos países têm uma pontuação abaixo de 50, com uma média global de 43.
A Nova Zelândia (com 89 em 100) e a Dinamarca (88) continuam nos primeiros lugares, mas trocam de posição.
Ao nível das regiões, a que conseguiu melhor desempenho foi o conjunto de países da Europa Ocidental, com uma pontuação média de 66. As regiões com pior desempenho são a África Subsaariana (pontuação média 32) e a Europa Oriental e Ásia Central (34).
Em relação aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Cabo Verde continua a ser o melhor classificado, ocupando a 48ª. posição com 55 pontos em 100 possíveis, seguido de São Tomé (64), Moçambique, na 153.ª posição, Angola em 167º. lugar e, por fim, a Guiné Bissau no 171.º posto.
Dos 180 países que compõe o 'ranking', a Somália continua a ser o último classificado com apenas nove pontos, antecedida pelo Sudão do Sul, com 12, e pela Síria, com 14 pontos.
O Índice de Perceções de Corrupção, publicado anualmente pela TI, é o principal indicador global sobre os níveis de corrupção no setor público de cada país, medidos a partir das perceções de especialistas externos e de organizações internacionais.