RONDÔNIA - Com a retomada das fortes chuvas em Porto Velho, os caramujos africanos, voltaram a aparecer. é comum encontrá-los em árvores, muros e paredes de residências.

A espécie foi trazida para o Brasil pelos criadores de escargot, um caramujo comestível, porém seu sabor não foi apreciado pela população. Ela procria a cada dois ou três meses e pode viver por até 6 anos. São animais herbívoros, ou seja, se alimentam de folhas, flores, frutos, casca caulinar.

Apesar de se reproduzirem o ano inteiro, a proliferação é mais comum e mais rápida na época do inverno. O caramujo pode transmitir doenças, como a meningite eosinofílica, que causa cegueira, paralisia e até mesmo a morte, além de angiostrongilíase meningoencefálica.

A contaminação pode ocorrer através da ingestão ou a simples manipulação dos caramujos vivos, aos se instalar em hortas e pomares, o caramujo pode contaminar frutas, verduras e disseminar essas doenças.

O pesquisador Flávio Terassini comentou sobre os reais riscos oferecidos pela espécie e esclareceu quais cuidados devem ser tomados pela população.

Prática comum às pessoas usarem sal para matar o caramujo. Para o pesquisador, essa ação não é recomendada, pois pode ocorrer a contaminação do solo.

"O correto é aplicar Cal virgem sobre os caramujos realizando o posterior enterramento, para evitar contaminação do solo. Os moluscos também podem fazer mal a cães e gatos domésticos, aconselha-se os cuidados diários como catação manual com a utilização de luvas e destinação apontada acima", destacou

Outra forma de diminuir ou até eliminar a proliferação segundo o pesquisador Flávio, é jogando água com sabão nos muros. "O sabão vai ficar impregnado é o caramujo não vai subir, isso serve também para outros animais como formiga, carrapato e barata",alertou.