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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
RONDÔNIA - Na manhã de ontem, 21, técnicos e analistas da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (STIC) se reuniram no auditório do Ministério Público Estadual para discutir os desafios atrelados às inovações na área.
O presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, Desembargador Walter Waltenberg Silva Junior, deu início ao Workshop Inovação Tecnológica salientando a preocupação do judiciário em, por meio da tecnologia, criar soluções para atender às expectativas da população em relação à justiça rondoniense.
A fala foi coroborada pelo o vice-diretor da Escola da Magistratura de Rondônia (Emeron), representando o Desembargador Marcos Alaor Diniz Grangeia; e pelo secretário da STIC, Sidnei Feliciano, que em suas falas destacaram a oportunidade criada pelo Workshop em aprimorar os servidores para a implantação de um cultura de mudança constante. “A área de tecnologia da informação é uma área flexivel, ágil, mas também temos que pensar em perenidade. Temos que produzir soluções que sejam permanentes ao judiciário”, afirmou Sidnei.
Desenvolvimento de sistemas
A primeira palestra da manhã, “Projetos de Desenvolvimento em Tempos de Inovação”, ministrada pelo analista de sistemas Adriano Mendes, abordou o desenvolvimento de sistemas de informação nos tempos atuais, caracterizados pela comunicação instantânea e pela coleta e análise de dados feitas por máquinas.
Adriano apresentou algumas metodologias modernas para gestão e planejamento de projetos de softwares, com destaque para o Scrum, que já vem sendo utilizado pelas equipes do TJRO. Para Mendes, é imprescindível que os projetos de desenvolvimento teham foco no cliente/usuário, com a participação efetiva dele durante o processo de criação e validação do produto. “A melhor medida para um projeto é quando o usuário usa de fato, ou seja, quando ele atende às demandas que levaram à criação daquele sistema”, concluiu.
Tendências
Em seguida, foi a vez do consultor Ademir Piccoli palestrar sobre “Tendências de Tecnologia e Inovação”. Demonstrando em números e casos de sucesso a importância que a tecnologia tem nas rotinas pessoais e profissionais, Piccoli questionou a plateia sobre o lugar que o Tribunal de Justiça ocupa na caçada por inovações. “O que não vai mudar no judiciário nos próximos 10 anos? As pessoas vão continuar querendo mais celeridade processual. E a celeridade será entregue com novas tecnologias aplicadas a missão de vocês, que é fazer justiça”, declarou.
Entre as tecnologias citadas pelo palestrante está a Inteligência Artificial (inteligência similar à humana exibida por mecanismos ou software) que pode ser incorporada pelo judiciário, por exemplo, como ferramenta para a análise de sentenças. “O juiz não pode mais se dar ao luxo de ser um artesão. Tem que usar soluções de pesquisa, big data. Ser mais analista”, afirmou, ao exemplificar a utilização da inteligência artificial.
Piccoli finalizou sua palestra destacando que não basta apenas investir em ferramentas inovadoras, mas é preciso mudar a cultura das pessoas, para que se realize a verdadeira transformação digital. “A inovação não tem que resolver o problema do Judiciário, que é a alta demanda, mas da sociedade. Os problemas da socidadede passam pelo Judiciário, mas não são dele”, finalizou.
O evento foi encerrado com um debate, momento em que os participantes fizeram perguntas aos palestrantes e compartilharam as experiências da STIC em relação à implantação de novos projetos.