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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
No Brasil, uma mulher é assassinada a cada duas horas, seja por seus companheiros, ex – companheiros, familiares ou até mesmo por desconhecidos, qualificando casos de feminicídio. No Código Penal Brasileiro, Art.121, o feminicídio está definido como crime hediondo, ou seja, de extrema gravidade, que causa impacto na sociedade.
Para quem não sabe, o feminicídio é o assassinato de uma mulher pela condição de ser mulher, uma expressão usada para caracterizar as mortes violentas às mulheres em razão de gêneros, ou seja, crimes motivados apenas pela condição de ser mulher.
São casos como o de Nilza Alves de Oliveira, que foi morta no último dia 14 de abril, a facadas pelo ex-marido que não aceitava o fim do relacionamento, e a matou em via pública com requintes de crueldade.
Em depoimento à polícia, o suspeito alegou que matou por amor e afirmou que já havia avisado a vítima, que o dia que a visse com outro homem a mataria. O caso causou grande repercussão.
Em Porto Velho, no ano de 2017 aproximadamente 5 mil denúncias foram feitas por mulheres na Lei Maria da Penha. Já em 2018, até meados do mês de abril, mais de mil denúncias foram realizadas.
De acordo com a Delegada Adjunta da Delegacia da Mulher, Carolini Castro, as mulheres criaram mais coragem para fazer a denúncia depois da alteração na Lei Maria da Penha que assegura e protege a mulher.
“Com as novas mudanças na lei, as mulheres estão com mais coragem para denunciar os agressores, com as divulgações mais constantes e propagandas, elas passaram a ter um conhecimento maior, lembrando que a lei não se enquadra apenas na agressão física e sim na psicológica, verbal”, disse a delegada.
Como denunciar
Caso esteja passando por uma dessas situações ou tenha presenciado, testemunhado ou suspeitado que alguém próximo esteja sofrendo alguma violência, você pode ir diretamente à Delegacia da Mulher que fica localizada na Rua Euclides da Cunha com 7 de setembro no Centro da capital, ligar no número 180, ou ir até o Ministério Público, lembrando que as denúncias podem ser feitas anonimamente.
Além disso, as vítimas que não tiverem para onde ir ou queiram se distanciar do agressor, podem procurar o Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS), que abriga e dar apoio á mulheres em situação de risco.