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porto velho, quinta-feira 18 de setembro de 2025
BRASIL - Glitter é praticamente indispensável para quem curte carnaval. Mas os adeptos do produto devem ficar atentos para os riscos de lesões na pele e no rosto, que podem ser provocadas pela má aplicação do famoso e brilhante adereço.
Atenção: Um dos principais pontos de cuidado é o tipo de glitter que será usado. Além disso, se aplicado próximo aos olhos, o produto pode causar infecções oculares e até danos graves na córnea.
Confira cinco perguntas e respostas para usar glitter sem medo nesse carnaval:
Dependendo do tipo de glitter, sim.
O mais comum entre os foliões, geralmente vendido em papelarias e lojas especializadas a preços acessíveis, é feito à base de plásticos e produtos químicos - o que não faz nada bem para a saúde da pele.
É o glitter mais prejudicial. Ele tem muito óxido de ferro e pigmentos, corantes. Por conta disso, você pode ter uma alergia na pele.— Karine Cade, dermatologista
A aplicação do glitter de papelaria na pele pode causar inflamações cutâneas, mais conhecidas como dermatites.
Há também o glitter ecológico ou biodegradável, feito de produtos considerados mais naturais (minerais, corantes vegetais e algas, entre outros).
“Entre o glitter comum, que é de plástico, e o ecológico, o segundo é muito melhor para a pele", diz Karine, que é dermatologista da Clínica Otávio Macedo & Associados. Mesmo assim, ela alerta: "Toda a estrutura pode irritar a pele".
Na dúvida, o ideal, segundo ela, é apostar em cosméticos para uso no rosto ou na pele que tenham glitter na composição. Produtos assim são mais seguros por terem fórmulas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Os sintomas mais comuns que indicam que a pele possa estar irritada são vermelhidão, coceira e bolhas, principalmente no local onde o glitter foi aplicado.
Nesses casos, as dicas são: remover o produto na hora com água corrente e sem esfregar, para não causar ou piorar as lesões.
A dermatologista Karine Cade também alerta que glitter e acne não combinam. “Quem tem problemas com acne já produz mais sebo, e o uso de maquiagem ou glitter também obstrui os poros, o que pode piorar a condição", diz.
Melhor não. O olho é uma estrutura muito frágil e o melhor é deixá-lo livre de produtos que possam entrar nele, como glitter, lantejoulas e outros adereços do tipo. Também não é recomendado o uso de colas comuns ou gel de cabelo.
Materiais que não são específicos para área dos olhos ou que não são dermatologicamente testados podem provocar alergias, queimaduras químicas e outras lesões caso atinjam o olho ou a pele das pálpebras.
O glitter pode cair nos olhos e provocar abrasões na córnea. Por isso, não se recomenda uso de colas comuns e de glitter próximo dos olhos ou nas pálpebras. Prefira o uso de sombras com brilho que são adequadas para esses locais.— Daniela Gadia, oftalmologista do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília (DF)
Uma lantejoula pode até riscar a córnea, como mostrou o oftalmologista Emerson Castro no quadro do Bem Estar no programa É de Casa, da TV Globo. Um exame feito em um paciente mostrou as lesões provocados por uma lantejoula que se instalou embaixo da pálpebra. (Veja a imagem abaixo.)
Nesses casos, é melhor buscar ajuda médica para fazer a remoção. "Sentiu uma sensação persistente de areia no olho, a luz começa a incomodar (fotofobia), o olho começa a arder, doer ou lacrimejar? É sinal de que há algo embaixo da sua pálpebra", alerta o oftalmologista.
Quem costuma usar glitter no carnaval já sabe que vai ficar brilhando por vários dias. Isso porque o produto é conhecido por ficar grudado no corpo. Veja a seguir o que fazer para remover o glitter de forma segura e eficiente:
Água corrente, como a do banho, não é tão eficiente para retirar o glitter - e ainda pode ser um problema para o meio ambiente
O ideal é usar técnicas para remover o glitter - ou a maior parte dele - antes do banho. Isso porque o problema está justamente no descarte.