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porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024
RONDÔNIA: O Ministério Público de Rondônia (MPRO), por meio do GAEDUC, GAECIV e 22 Promotorias de Educação, emitiu na última sexta-feira (30/8), uma recomendação para que as redes pública e privada de ensino suspendam a participação de alunos e profissionais da educação em atividades físicas e esportivas ao ar livre. A medida também se aplica a eventos comemorativos, como as celebrações do 7 de Setembro. O objetivo é proteger a saúde de crianças, idosos e gestantes, que são considerados grupos mais vulneráveis.
Recomendação à Comunidade Escolar
Além da suspensão das atividades físicas, o MPRO orienta que eventos ao ar livre sejam evitados enquanto as condições de qualidade do ar forem desfavoráveis. "É fundamental minimizar a exposição de alunos e profissionais da educação aos riscos impostos pela poluição atual", afirmou a coordenadora do GAEDUC, Promotora de Justiça Luciana Ondei Rodrigues Silva.
Interesse Social
O coordenador do GAECIV, Promotor de Justiça Julian Imthon Farago, destacou que a recomendação tem caráter preventivo e visa promover a saúde pública e reduzir riscos. "A ação preventiva é essencial para evitar o agravamento da saúde dos grupos mais vulneráveis", ressaltou Farago.
Qualidade do Ar
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Rondônia registrou 4.102 focos de incêndio em agosto de 2024, mais do que o dobro em comparação ao mesmo período de 2023. A previsão é de que a qualidade do ar continue crítica, especialmente no norte do estado e na capital, Porto Velho, devido à combinação de baixa umidade, ventos fracos e áreas de queimadas.
Riscos à Saúde
A recomendação ressalta que a poluição do ar em Rondônia atingiu níveis alarmantes, principalmente devido aos incêndios recentes. Dados da plataforma IQAir, de 30 de agosto de 2024, indicam que Porto Velho está entre as cidades mais poluídas do estado, com um índice considerado "perigoso". Outras cidades, como Guajará-Mirim, Ariquemes e Ji-Paraná, também enfrentam níveis "muito insalubres". A exposição prolongada a partículas liberadas pela queima de florestas e pastagens pode agravar doenças cardiorrespiratórias, aumentando o risco de sintomas graves, complicações e internações hospitalares.