VILHENA, RO - O promotor de justiça Elício de Almeida, pede o arquivamento do inquérito policial que investigava uma “tragédia aérea” que resultou em três mortes (em Vilhena e Campo Grande/MS), no ano de 2023.

Naquela ocasião, a queda de um avião nos arredores da cidade matou o fazendeiro Garon Maia Filho e seu filho adolescente, Francisco Veronezi Maia. Uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) esteve na cidade dias após a tragédia e continua investigando o caso.

Além das mortes de Garon pai e do filho dele, o acidente aéreo também terminou com um ato de desespero da engenheira Ana Paula Pridonik, de 27 anos, moradora de Colorado do Oeste, que deu cabo da própria vida dias após perder o namorado e o enteado.

Ao encerrar o caso na seara criminal, e explicar que os demais detalhes do acidente ficarão com órgãos especializados neste tipo de apuração, o promotor vilhenense escreveu: “Por isso, em não havendo crime a ser apurado e, levando em consideração que não se justifica a manutenção deste inquérito policial, que só serviria para prolongar a dor dos familiares das vítimas, o Ministério Público conclui que a melhor solução aqui é o arquivamento”.

O relatório do Cenipa focará nas causas do acidente, ao contrário do MP, a quem caberia apontar se houve crime que resultasse na queda da aeronave -e a conclusão é que não houve. Mas esse desfecho na área administrativa, como é comum em casos iguais apurados pela mesma instituição, deverá demorar mais.

O Cenipa deverá revelar, com base em critérios técnicos, se o avião era pilotado pelo garoto, como se chegou a especular na época. Até hoje, essa dúvida ainda não foi respondida.