VILHENA - Apesar de Vilhena e seus distritos terem registrado apenas um caso de feminicídio neste ano, segundo os dados da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), o número de registros de crimes e de requerimentos de medidas protetivas dos últimos 09 meses já é maior que os do mesmo período do ano anterior.

De janeiro a setembro, só neste ano, já foram registrados 1.233 crimes contra a mulher, superando os 1.219 do mesmo período do ano passado, números que, apesar de apresentarem uma diferença de apenas 14 casos,
são muito altos para uma população de cerca de 100 mil habitantes.

Já com relação aos requerimentos de medida protetiva, até setembro foram emitidos 361, contra 322 do mesmo período do ano passado.

Levando em conta que durante os 12 meses de 2019 Vilhena e seus distritos registraram 1.667 casos de crime contra a mulher, o que leva ao número aproximado de 1 mulher agredida a cada 5 horas, só em nove
meses, 2020 já superou essa estatística.

Já com relação aos números de requisições de medidas protetivas, estima-se que a cada 18 horas, uma mulher foi até a delegacia e pediu socorro para manter a distância, aquele que um dia ela acreditou ser o amor da sua vida.

A única estatística que 2020 ainda mantém abaixo da registrada no mesmo período de 2019, são os de prisão em flagrante de delito, pois até setembro foram registradas 105, contra 114 de 2019, o que mostra que a covardia dos praticantes de violência contra mulheres, só aumenta, pois fogem ao invés de se responsabilizarem por seus atos.