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Dentista que matou ex-grávida é condenado a 38 anos de prisão no Rio de Janeiro

Thiago Medeiros assassinou Nathalie Rios Motta Salles porque ela não aceitou abortar seu filho


R7

Publicada em: 27/08/2021 15:48:21 - Atualizado


BRASIL - O dentista que matou a ex-namorada grávida, em 2017, foi condenado a 38 anos e seis meses de prisão, nesta sexta-feira (27). A decisão foi tomada pela juíza Raphaela de Almeida Silva, do 3º Tribunal do Júri da capital, em uma sessão que durou mais de 11 horas.

Ao todo, sete testemunhas foram ouvidas entre elas: a irmã de Nathalie, a titular da DDPA (Delegacia de Descoberta de Paradeiros), um policial civil que foi até Vassouras investigar o caso e a melhor amiga da vítima.

O Conselho de Sentença, composto por três mulheres e quatro homens, concluiu que Thiago matou Nathalie e decidiram por maioria pela condenação do réu. Além disso, reconheceram que o crime foi cometido por um motivo torpe mediante a dissimulação.

Os jurados também acolheram o fato de o crime ter envolvido violência doméstica e familiar.

O criminoso ficará em regime fechado pelos crimes de feminicídio durante a gestação, homicídio duplamente qualificado, aborto sem o consentimento da gestante e destruição de cadáveres por duas vezes.

Consta na decisão da sentença, o trecho:

“O réu agiu de maneira cruel e covarde, ceifando a vida da vítima e impedindo-a de realizar o seu grande sonho da maternidade. Pela prova dos autos, constatou-se que a vítima estava feliz com a gravidez, embora não planejada e que foi impedida de forma precoce em dar prosseguimento ao seu plano”.

O caso

Thiago Medeiros matou a Nathalie Motta porque ela não quis fazer o aborto de seu filho. Ele não concordava com a gestação da ex-namorada porque estava noivo de outra mulher.

De acordo com a acusação, a arcada dentária da vítima foi retirada para dificultar a identificação do cadáver. O corpo foi encontrado carbonizado em uma pilha de pneus em um local próximo à casa onde a família de Nathalie mora, em Vassouras.

Em 25 de julho de 2017, Thiago foi preso pela Polícia Civil sob a suspeita de ter cometido o crime. Após dois meses, no dia 25 de agosto, a Justiça aceitou a denúncia do MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) e tornou o dentista réu.


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