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Polícia pede mais prazo para apurar morte de mãe e filho em Belo Horizonte

Renata Fagundes de Andrade, de 37 anos, e o filho Davi foram encontrados mortos em apartamento localizado em bairro nobre


R7

Publicada em: 28/08/2021 10:59:26 - Atualizado


BRASIL -A Polícia Civil vai pedir mais tempo para concluir as investigações sobre a morte de uma mulher e o filho dela dentro de um apartamento no bairro de Lourdes, área nobre de Belo Horizonte.

A mãe, Renata Fagundes de Andrade, de 37 anos, e o filho, Davi, de seis, foram encontrados mortos pelo pai da criança, Alberto Magno Rocha Filho, no dia 10 de julho. O empresário abriu a casa com a ajuda de um chaveiro depois de não conseguir contato com o filho e chamou a polícia ao encontrar os corpos dentro da residência.

As investigações sobre o caso estão sendo conduzidas pelo DHPP (Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa) e, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, os policiais ainda aguardam a conclusão de laudos periciais para chegar a um desfecho.

No início da apuração, a polícia divulgou que suspeitava de assassinato seguido de suicídio, embora nenhuma linha de investigação pudesse ser descartada. Os corpos da mãe e da criança foram encontrados em quartos diferentes e não havia sinais de luta corporal ou arrombamento no imóvel, o que reforçaria a tese.

Ainda segundo a Polícia Civil, os corpos tinham sinais de perfuração. Uma faca e uma tesoura sujas de sangue foram encontradas no local.

Os corpos da mãe e do filho, de seis anos, foram enterrados no dia seguinte, em cemitérios diferentes na região metropolitana de Belo Horizonte.

Relação conturbada

Segundo a Polícia Civil, Renata e o ex-marido viviam uma relação conturbada desde a separação e que a guarda de Davi foi disputada por eles na Justiça. A reportagem teve acesso a boletins de ocorrência registrados em 2016 que relatam a desavença dos pais em relação à guarda compartilhada da criança.

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Em seis registros, Alberto denunciou ter sido impedido de pegar Davi para o dia de visita que ele teria direito conforme acordo judicial da separação do casal. Ele também relatou que, algumas vezes, chegou para buscar a criança na data prevista, mas Renata não estava em casa.

Em outra ocorrência, registrada por Renata, a advogada relatou aos militares que o ex-marido teria arrancado o filho de seus braços, à força, já que a criança não queria ir com ele para a visita. Na época, ela ainda relatou que a situação provocou um arranhão em seu braço.

Sofrimento

Um ex-namorado de Renata, Ulysses Rocha, com quem ela mantinha contato eventual, afirmou que duas semanas antes ela havia relatado que estava passando por um "momento difícil". Ele confirmou que a relação entre ela e o pai de Davi era conflituosa, mas disse não acreditar que ele pudesse ter envolvimento na morte.

— Não acho que ele tenha relação com as mortes. A minha leitura é que ela queria proteger o filho, que a vida estava ruim. Que ela queria ir embora deste mundo mas levaria o filho junto para protegê-lo. Foi muito triste. É surreal.



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